Bill Watterson e Calvin e Hobbes recebem Grande Prémio do Festival de Angoulême

Prémio atribuído pelo conjunto da obra de um autor foi para o cartoonista americano, que competia com os gigantes Alan Moore e Katsuhiro Otomo.

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Bill Watterson, o cartoonista americano autor da série de culto Calvin e Hobbes, sobre as aventuras de um miúdo de seis anos e do seu tigre de peluche (que para ele tem vida) venceu o Grande Prémio do Festival de BD de Angoulême, em França.

Com 56 anos, Watterson bate na 41.ª edição do importante festival francês outros gigante, como o japonês Katsuhiro Otomo (Akira) e o britânico Alan Moore (Watchmen, Liga dos Cavalheiros Extraordinários, V de Vingança). Calvin e Hobbes, série que publicou entre 1985 e 1995, é a obra-prima do cartoonista e com ela vendeu mais de 30 milhões de livros. Foi distribuída e publicada em 2400 jornais, entre os quais, em Portugal, o PÚBLICO e, agora, o diário Correio da Manhã.

William B. Watterson, que não esteve presente em Angoulême para receber o prémio, nasceu em Washington em 1958, mas cresceu num subúrbio de Cleveland, Ohio. Apaixonado pelo desenho, fez cartoon político para o Cincinatti Post a seguir a estudar Ciência Política. Seria despedido, e uma série de revezes na sua vida levou-no a regressar a casa dos pais.

Foi em 1985 – no dia 18 de Novembro – que a Universal Syndicate Press publicou a primeira série de Calvin and Hobbes. Apareceu em 130 jornais inicialmente e acabou por ser traduzida para todo o mundo em 40 línguas. O enorme sucesso do menino rebelde e imaginativo e o seu melhor amigo de peluche fez Waterson pôr fim às aventuras em 1995, muito para recuperar o seu anonimato, como lembra o diário francês Figaro - que lhe chama mesmo o "J.D. Salinger da BD".  <_o3a_p>

Em 1992, Watterson tinha já recebido em Angoulême o prémio para melhor comic book estrangeiro. As aventuras de Calvin e Hobbes renderam vendas de mais de 30 milhões de exemplares dos seus álbuns.

Em Angoulême, um dos mais importantes do calendário da BD mundial, foram ainda premiados Come Prima, de Alfred (Melhor Álbum), La Propriété, de Rutu Modan (Prémio Especial do Júri), Fuzz & Pluck, de Ted Stearn (Melhor Série) e duas revelações, ex-aequo - Le Livre de Léviathan, de Peter Blegvad e Mon ami Dahmer, de Derf Backderf. A edição de 2014 foi dedicada aos 50 anos da personagem Mafalda, à obra do holandês Willem, premiado no ano passado, e à arte asiática.

                                                

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