Seguro apoia coligação alargada para derrotar PSD na Madeira

Governo prepara-se para celebrar saída da troika com champanhe, diz líder socialista.

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Miguel Madeira

António José Seguro expressou este domingo o seu incondicional apoio à proposta de coligação alargada a todos os partidos da oposição madeirense e a movimentos de independentes, proposta pelo reeleito líder regional do PS e aprovada pelo congresso.

“É preciso abrir o nosso projecto à cidadania para se voltar a fazer história e começar a mudança na Madeira”, declarou o secretário-geral socialista no encerramento do XVI Congresso Regional. Seguro lembrou que “a mudança" começou nas autárquicas de 29 de Setembro, com o PS a conseguir o seu "melhor resultado de sempre" a nível nacional e regional, devendo prosseguir de “forma imparável com os novos desafios” das eleições legislativas nacionais e regionais de 2015.

Solidário com a estratégia seguida pelo PS na Madeira, com a vitória em várias câmaras, o secretário-geral deste partido disse, no encerramento do congresso, estar convencido que Victor Freitas será “um grande presidente do Governo Regional”.

A Madeira, frisou Seguro, “precisa de um novo governo que separe a politica dos negócios”, que "não trate melhor os que têm cartão laranja" e que "não esconda dívidas", para que "entre na senda do progresso", "equilibre as contas públicas" e não deixe ninguém para trás".

No âmbito nacional, o líder socialista defendeu o projecto da mudança a todo o país. Reconhecendo que há cidadãos que querem mudar. Seguro preconizou uma mudança que faça reformas em vez de cortes, que produza soluções em vez de remendos, que valorize as competências em vez do empobrecimento e aumento das desigualdades sociais. Se o Governo tivesse feito reformas, Passos Coelho não estaria agora a fazer propostas de entendimento nesse sentido, conclui Seguro.

Governo prepara-se para abrir champanhe

As quebras das taxas de juro anunciadas em Portugal não são exclusivas do país, nota o líder socialista para lembrar que algumas melhorias são ainda "ténues e mostram que não há ainda sustentabilidade". Enquanto isso, o desemprego, a pobreza, os dramas sociais continuam a atingir "a classe média".

O líder socialista defende uma economia mais forte, que permita sair da crise e a criação de riqueza aproveitando a capacidade dos portugueses. "Somos o quinto país da União Europeia onde mais pessoas desistiram de procurar emprego", disse falando das mais de 310 mil pessoas que deixaram de procurar trabalho ou dos mais de 200 mil portugueses que emigraram. E repetiu: "Não tinha de ser assim".

"O Governo prepara-se para abrir garrafas de champanhe a 17 de Maio", dia em que a troika deixa o País. Seguro diz que esse é o prazo normal e não tem nada de "milagre económico", é apenas o calendário estipulado. "Acham que a vida dos portugueses está hoje melhor do que estava?" Não está, disse. Por isso, Seguro vê na atitude entusiástica do Governo uma forma de campanha eleitoral.

Considerando que a propaganda do Governo "não cola com a realidade", Seguro pede mudanças com políticas económicas adequadas, "uma mudança realista, sustentável, credível", adiantando que os portugueses estão cansados da crise da política, da desconfiança entre os portugueses e os governantes. "Queremos governar o nosso país em respeito pelas pessoas" honrando as promessas feitas com realismo. "É esse o nosso projecto, é esse o novo rumo", afirmou.

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