Hollande não respondeu a perguntas sobre a sua primeira-dama

Reuniram-se 600 jornalistas no Eliseu ansiosos por fazer perguntas ao Presidente francês. Ele só quis falar reformas económicas e sociais. "A vida privada trata-se em privado."

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Hollande prometeu dar explicações antes de 11 de Fevereiro Philippe Wojazer/REUTERS

François Hollande, confrontado com uma grande impopularidade e uma má situação económica, anunciou esta terça-feira uma redução de impostos no valor de 30 mil milhões de impostos para as empresas, numa conferência de imprensa presidencial superconcorrida, por causa da revelação do seu caso extraconjungal. Mas quanto a isso, o Presidente francês foi taxativo, na resposta ao primeiro jornalista que tomou a palavra: “Hoje não falarei desse assunto.”

“Compreendo a sua pergunta. Compreenda também a minha resposta: a vida pessoal pode ter momentos dolorosos. A vida privada trata-se em privado. Este não é o momento nem o local para abordar estas questões”, respondeu François Hollande ao primeiro jornalista a colocar-lhe uma questão, que foi, precisamente, a de saber se Valérie Trierweiler ainda era a primeira-dama de França. Mas se recusou dar uma resposta já, o Presidente francês prometeu que daria esclarecimentos antes de 11 de Fevereiro – a data prevista para uma visita oficial a Washington, evocada pelo jornalista do Le Monde que o abordou.

François Hollande concentrou-se em fazer passar a sua mensagem de reforma do Estado, que inclui mudanças da administração territorial, e de mudanças nos impostos pagos pelos franceses, em especial pelos impostos que têm impacto sobre as empresas.

O fim das quotizações familiares – uma dedução que é paga pelas empresas e pelos trabalhadores independentes – até 2017 foi o anúncio mais importante a nível fiscal de Hollande, que corresponde a uma exigência de longo prazo dos patrões.
 
 

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