Telmo Correia gostava, "pessoalmente", que o CDS fosse sozinho a votos em 2015

Vice da bancada centrista admite referendo interno para saber se militantes devem concorrer coligados com o PSD às legislativas.

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Paulo Pimenta

O vice-presidente da bancada parlamentar do CDS Telmo Correia declarou este sábado que, pessoalmente, defende que o partido deveria de ir a votos sozinho nas eleições legislativas de 2015. Todavia, admitiu a realização de um referendo interno para que os militantes se pronunciem se querem ou não um entendimento com os sociais-democratas.

Telmo Correia, que foi escolhido para apresentar a moção de estratégia global do líder do partido, também manifestou o desejo de o partido ir sozinho a votos nas próximas eleições europeias, marcadas para 25 de Maio, mas o CDS, por uma “questão de interesse nacional, assume o compromisso” de concorrer em coligação.

“Todos nós neste congresso gostariamos de mais uma vez ir sozinhos  a votos e ir buscar o resultado eleitoral”, frisou o deputado e líder da distrital do CDS de Lisboa, pedindo ao Congresso para que ratifique o compromisso porque, sublinhou, “para nós nada é mais importante do que Portugal”.

Telmo Correia, que protagonizou a segunda intervenção mais apaulida até agora da reunião magna dos democratas-cristãos, depois do Paulo Portas, reconheceu que “tem existido tensões” a nível da coligação governamental, mas o balanço considera-o positivo. “Pela primeira vez chegamos aqui hoje com sinais de recuperação. Valeu a pena? Diria que sim. Vencemos a primeira TSU, vencemos a segunda TSU, a TSU dos pensionistas (...) e por isso não é aceitável que se diga que o CDS falhou no Governo”.

No balanço que fez, Telmo Correia  não poupou o PS – “é pena que o maior partido da oposição tenha escolhido quase sempre o caminho da demagogia, mas lá aprovou a reforma do IRC, menos mal” -  e os partidos mais à equerda do PS – “nem sequer falavam com a troika” –, e criticou a “tentativa de radicalização que existe em  vários sectores da política portuguesa”.

O final reservou-o para falar da “especulação” em relação ao futuro político do líder do partido para dizer: “Não viemos aqui discutir uma sucessão que não está em aberto, mas para confirmar uma liderança. Não viemos aqui discutir o pós-portimos, mas para garantir o pós-troika. porque isso é que é importante para nós”. E daqui partiu para um apelo aos congressistas: “Peço-vos  confiança, unidade e uma votação expressiva “na moção de estatégia global Responsabilidade e Identidade, liderada por Paulo Portas.

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