João Villa-Lobos deve sair da administração do Opart que gere o Teatro São Carlos

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João Villa-Lobos Enric Vives-rubio

O administrador João Villa-Lobos para a área financeira do Organismo de Produção Artística (Opart) afirmou esta sexta-feira à agência Lusa que terminará o seu mandato de três anos em Março e não deverá ser reconduzido no cargo.

“O processo de escolha do conselho de administração está em aberto há muito tempo e é normal que haja uma equipa nova. Acho que é um direito que assiste [à Secretaria de Estado da Cultura] escolher as equipas que entenderem”, afirmou João Villa-Lobos, adiantando que a tutela não o convidou para uma recondução no cargo.

A agência Lusa tentou obter, sem sucesso, um esclarecimento por parte da Secretaria de Estado da Cultura.
João Villa-Lobos termina, em Março, três anos de mandato na administração do Opart, o organismo que gere o Teatro Nacional de São Carlos e a Companhia Nacional de Bailado.

Em Setembro passado, a Secretaria de Estado da Cultura nomeou o pianista Adriano Jordão para a administração do Opart, em substituição do maestro César Viana, com a responsabilidade pelo pelouro artístico.
João Villa-Lobos manteve o pelouro financeiro. O administrador referiu que os trabalhadores do São Carlos e da Companhia Nacional de Bailado têm conhecimento de que “vai ser encontrado um novo conselho de administração”.

Contactado pela agência Lusa, Adriano Jordão escusou-se a adiantar qualquer informação sobre a saída de João Villa-Lobos, sublinhando que o assunto pertence à Secretaria de Estado da Cultura.
Adriano Jordão referiu apenas que a próxima temporada do Teatro Nacional de São Carlos será apresentada no dia 20, já sob a direcção artística do programador italiano Paolo Pinamonti e da maestrina Joana Carneiro, também eles nomeados pela tutela.

O Opart foi criado em 2007 para gerir a Companhia Nacional de Bailado e o Teatro Nacional de São Carlos.
A sua extinção esteve prevista na reorganização orgânica da Secretaria de Estado da Cultura, aprovada em Junho de 2012, que viria ser suspensa no início de 2013, após a tomada de posse do actual secretário de Estado Jorge Barreto Xavier.
De acordo com os estatutos, o conselho de administração do Opart é composto por um presidente e dois vogais, nomeados por resolução do Conselho de Ministros, sob proposta dos responsáveis governamentais pelas áreas da Cultura e das Finanças.

O mandato dos membros do conselho de administração tem a duração de três anos, sendo renovável por iguais períodos, permanecendo em funções até substituição.
 
 
 

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