15 projectos para inserir jovens que não estudam nem trabalham

Candidaturas especiais foram abertas para responder a uma realidade que, segundo o INE, afecta 14,1% dos jovens entre os 16 e os 25 anos

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Foram hoje conhecidos os 15 projectos que, por serem considerados criativos e susceptíveis de gerar empregabilidade, terão financiamento do Programa Escolhas no próximo ano. A ideia do concurso especial era encontrar soluções “fora da caixa” para ajudar a integrar jovens, entre os 16 e os 24 anos, que não estudam nem trabalham.

Analisadas as 263 candidaturas enviadas pelos diversos distritos e pelas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, o júri seleccionou oito projectos da área dos negócios. Uma dúzia no domínio dos serviços: “Alinhavos” (costura/arranjos), “Mãos à Obra” (reparações ao domicílio), “Fadas do Lar” (limpezas), “Albergue Juvenil” (turismo low cost), “Empregue Habilidade” (ginásio social) e “Sons à Margem ” (organização de espectáculos e eventos). E dois relacionados com produtos: “Gab jovem US A nossa horta” (agricultura) e “BiscoiTOP de Valongo” (fabrico e comercialização de biscoitos).

O júri distinguiu ainda sete projectos de transição para o mercado de trabalho. Nesse âmbito, a organização destaca o “Work&Shop” (estágios para jovens artesãos) e o “Abrir a Porta às Escolhas”(matching entre os interesses e as competências dos jovens à procura de emprego e as empresas/entidades com ofertas de trabalho).

O fenómeno está a alastrar pela Europa, alcançando os valores mais altos na Grécia, em Espanha e em Portugal. Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a taxa de desemprego dos jovens menores de 25 anos era de 37,7% no final do ano passado. A taxa de NEET, que conta jovens que não estavam empregados, nem frequentavam qualquer actividade de educação ou formação, era de 14,1%.

A União Europeia decidiu em Junho alocar seis mil milhões de euros ao programa "Garantia Jovem", destinado a assegurar que menores de 25 anos inactivos há mais de quatro meses estão empregados, a estagiar ou a fazer formação. Portugal receberá 150 milhões de euros para aplicar entre 2014 e 2015. 

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