Bastonário dos advogados decide na quarta-feira se desconvoca eleições

Candidatos às eleições de 29 de Novembro criticam eventual adiamento.

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Marinho e Pinto fundou o PDR com o qual vai concorrer às legislativas Daniel Rocha

O bastonário dos advogados, Marinho e Pinto, disse nesta terça-feira que tomará amanhã a decisão de desconvocação do acto eleitoral de 29 de Novembro, devido à ausência de candidatura para o Conselho de Deontologia da Madeira.

Marinho e Pinto afirmou à agência Lusa que dispõe “de cinco dias para tomar uma decisão” de convocar novo acto eleitoral para a eleição dos diversos órgãos da Ordem dos Advogados.

Depois de desconvocado o acto eleitoral, a nova data terá de ser marcada pelo bastonário no prazo de 90 a 120 dias, de acordo com os estatutos do organismo representativo da classe dos advogados.

Vasco Marques Costa, um dos seis candidatos a bastonário da Ordem dos Advogados (OA), considerou que “esta é, possivelmente, a primeira de muitas manobras desesperadas de uma nomenclatura que se pretende perpetuar no poder”.

Por isso, o actual presidente do Conselho Distrital de Lisboa vincou que “é bem demonstrativo de que a OA precisa de mudar de vida rapidamente”.

Guilherme Figueiredo, que se candidata também a bastonário, opinou que “este é um mau exemplo do que tem sistematicamente sucedido”, numa alusão ao facto de Marinho e Pinto não ter comunicado às candidaturas e “aos advogados”.

O presidente do Conselho Distrital do Porto da OA notou ainda que a possível desconvocação de eleições “deveria ter sido previamente comunicada aos titulares dos órgãos da Ordem e aos candidatos aos cargos a eleger nas eleições do próximo dia 29 de Novembro, seguida de mensagem a todos os advogados, e apenas posteriormente deveria ser feita a comunicação aos órgãos de informação”, referiu.

Contactada pela Lusa, Elina Fraga, igualmente candidata a suceder a Marinho e Pinto, afirmou que, na qualidade de vice-presidente da OA, não comenta o processo eleitoral. “É uma matéria da exclusiva responsabilidade do bastonário”, disse.

A Lusa tentou ainda obter reacções de Jorge Neto, Raposo Subtil e Jerónimo Martins sobre o possível adiamento, mas não foi possível o contacto.

As eleições na OA foram marcadas para 29 de Novembro e a apreciação da regularidade das listas decorre no prazo de cinco dias.

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