Atentado suicida em funeral mata pelo menos 60 no Iraque

Bombistas provocaram ainda 120 feridos. Há crianças entre as vítimas.

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Pessoas transportam corpo de uma das vítimas Wissm al-Okili/Reuters
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Imagem geral da zona que ficou destruída no ataque ALI AL-SAADI/AFP
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Um curioso tira uma fotografia na zona onde ocorreu o atentado ALI AL-SAADI/AFP

Dois bombistas suicidas, um deles num carro carregado com explosivos e o outro a pé, fizeram-se explodir num funeral neste sábado, num bairro maioritariamente shiita, nos arredores de Bagdad. Do ataque resultaram dezenas de mortos.

O número de vítimas mortais ainda não é claro. A BBC, citando fontes oficiais e médicos em hospitais próximos, noticia pelo menos 60 mortos e 120 feridos, entre os quais crianças. A agência Associated Press contabiliza 96 mortos e o mesmo número de feridos.

As duas explosões ocorreram numa das tendas do funeral, numa altura em que estava a ser servido o jantar, narra a Associated Press. O fogo espalhou-se a outras tendas e carros próximos ficaram também em chamas.  

“Vi vários corpos queimados no chão e tendas a arder e também carros. As pessoas feridas estavam a gritar de dor”, contou uma das pessoas tinham ido ao funeral, estimando que estariam no local cerca de 500 pessoas.

De acordo com outra testemunha, um morador da zona, os camiões de bombeiros tiveram de abandonar o local e fazer viagens de reabastecimento para conseguir conter as chamas, enquanto ambulâncias ajudavam as vítimas. “Este funeral não era um posto militar, nem um edifício ministerial, e ainda assim foi atacado. Isto mostra que nenhum lugar, nem ninguém, está seguro no Iraque”, disse à Associated Press Abdul-Khaliq, que é funcionário público.

O Iraque tem sido palco de vários ataques mortais. Também neste sábado, oito pessoas foram mortas num ataque bombista na cidade de Ur e cinco polícias perderam a vida num ataque a uma esquadra a norte de Bagdad.

De acordo com as Nações Unidas, os atentados já provocaram, só este ano, até Agosto, cinco mil mortos naquele país. O mês de Julho, no qual se registaram 1057 vítimas mortais, foi o pior desde 2008.
 
 
 

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