Um PR “a estender a mão” não merece o respeito do PCP

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Jerónimo de Sousa Enric Vives-Rubio

O líder comunista, Jerónimo de Sousa, afirmou segunda-feira que um Presidente da República "a estender a mão" à troika não merece respeito, tal como o PS, que "não é carne nem é peixe".

"Nós respeitamos muito a instituição Presidência da República. Entendemos que não é de respeitar um Presidente, eleito pelo voto popular - que deveria ter responsabilidades perante o povo -, a estender a mão, de chapéu estendido, a pedir aos funcionários da troika para terem sensibilidade", afirmou.

Numa acção de campanha para as eleições autárquicas, em Vila Franca de Xira, o secretário-geral do PCP reiterou que "a troika não tem coração" e "tem muito cifrão".

Cavaco Silva tinha afirmado, em Guimarães, esperar que as avaliações do programa de assistência financeira por parte dos representantes de Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional "não comprometam" a recuperação da economia, tendo em "atenção" os sacrifícios pedidos aos portugueses, revelando "bom senso".

"(A troika) Não vai atender a esses humilhantes apelos. Mais uma vez vamos assistir, depois das eleições, ao apresentar da factura", reforçou, acrescentando tratar-se de "um espectáculo deprimente", uma vez que "esses três técnicos da troika já vêm com a factura pronta, porque não têm poder para mais".

Os socialistas voltaram a merecer as críticas de Jerónimo de Sousa por ser um partido "que não é carne nem é peixe, umas vezes é carne, outras peixe, porque quando lhe convém assina o memorando das troikas".

Em Vila Franca de Xira, a Coligação Democrática Unitária, que agrega ainda "Os Verdes" e a Intervenção Democrática, tem como cabeça-de-lista Nuno Libório, actual vereador numa autarquia liderada pela socialista Maria da Luz Rosinha.

Rosinha, impedida de concorrer devido à limitação de mandatos, viu o seu "vice", Alberto Mesquita, merecer a confiança do PS para a corrida aos votos.

 

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