Recuperação na 2.ª fase dos exames vai ser difícil a Matemática e Biologia e Geologia
Professores dizem que provas da 2.ª fase foram tão ou mais difíceis que as da primeira, em que as médias não foram além de 8,2.
Quase 60% dos alunos que realizaram o exame de Matemática A do 12.º ano em Junho fizeram nesta quinta-feira a prova da 2.ª fase, mas as hipóteses de virem a ter melhores resultados não serão muitas.
Segundo a Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), o exame de hoje não só tem “um nível de exigência global semelhante” ao da prova de 25 de Junho como voltou a ter uma extensão “um pouco maior do que seria recomendável” para o aluno médio.A SPM considera, contudo, que o Grupo I, de perguntas de escolha múltipla, foi mais acessível do que o proposto na 1.ª fase. Em Junho fizeram o exame 47.562 alunos. A média total ficou-se pelos 8,2 e a taxa de reprovação subiu de 16% para 20%. Hoje realizaram a prova 28.188 alunos. Só podem voltar a tentar a sorte na 2.ª fase os alunos que fizeram o exame na 1.ª e que pretendam obter aprovação ou melhoria de nota.
As notícias também não são boas para os 24.936 alunos (49% dos que fizeram a prova em Junho) que fizeram ontem o exame de Biologia e Geologia do 11.º ano. Na 1.ª fase, a média nesta prova (8,1) foi a terceira mais baixa dos 20 exames do ensino secundário.
No parecer à prova, divulgado hoje, a Associação Portuguesa de Professores de Biologia e Geologia (APPBG) alerta que, “à semelhança de exames anteriores, o grau de exigência decorrente do enunciado dos itens e o grau de aprofundamento requerido nos critérios de classificação excede os programas da disciplina, nem sempre se encontrando adequado ao nível de ensino a que o exame diz respeito”.
No geral, segundo a associação, o nível de dificuldade da prova da 2.ª fase “é mais elevado, havendo menor quantidade de itens destinados a avaliar competências mais básicas da disciplina”. Chegada ao fim mais uma época de exames, a APPBG volta a manifestar a sua preocupação: “A análise das provas de exame de 2013, associados aos resultados divulgados na 1.ª fase, assim como a evolução dos resultados dos últimos três anos, suscita-nos inquietações e a necessidade de uma urgente reflexão acerca dos programas”.