Habitação, transportes e pobreza são prioridades do BE para Lisboa

Candidato João Semedo admite que objectivo da candidatura é recuperar um lugar de vereador na autarquia da capital.

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João Semedo quer melhorar o acesso à habitação na capital Rui Gaudêncio/Arquivo

O candidato do Bloco de Esquerda (BE) à Câmara de Lisboa, João Semedo, apontou neste sábado como principais objectivos facilitar o acesso à habitação, reforçar o papel da autarquia na gestão dos transportes públicos e criar um programa de resposta à pobreza.

As posições do candidato e líder do BE foram assumidas no encerramento de um debate sobre o programa eleitoral autárquico do partido para Lisboa.

No início da sua intervenção, João Semedo sublinhou que “ganhar esta batalha” para o BE significa recuperar um lugar de vereador na autarquia lisboeta.

“Ganhar para o BE significa recuperar o vereador do BE na Câmara Municipal de Lisboa. Não iludimos ninguém, nem nos iludimos, nós disputamos este objectivo, travamos esta batalha com este objetivo, não vamos andar por Lisboa a dizer que vamos ganhar a Câmara”, admitiu.

João Semedo vincou a importância de ter um programa claro e apontou como primeira prioridade melhorar o acesso à habitação na capital. “O nosso grande objectivo é ter mais gente a viver em Lisboa, a viver na sua casa ou numa casa arrendada, mas seguramente a mais baixo preço do que hoje é possível, uma cidade em que seja mais fácil aceder a uma casa”, afirmou.

Semedo defendeu também a criação de uma “empresa mista, de capitais do Estado e da Câmara” para reforçar o papel da autarquia na gestão da rede de transportes públicos. Disse ainda que vai lutar pela criação de um programa “que concretize mais ajuda contra a solidão, a pobreza e que responda às principais dificuldades que as pessoas sentem nesta hora de emergência social”.

Num plano mais geral, o dirigente bloquista defendeu a necessidade de “encontrar um equilíbrio entre duas Lisboas”: a “mais próxima, mais íntima, mais comunitária dos bairros tradicionais e ao mesmo tempo a Lisboa mais moderna, mais cosmopolita, mais movimentada, mais mexida, mais intensa, mais dinâmica”.

“Temos de ter estas duas Lisboas e temos de saber de que infraestruturas precisamos para que uma e outra possam existir, sem que uma atropele a outra e sem que uma prejudique a outra”, afirmou.

O coordenador da Comissão Política do BE referiu-se ainda à agregação de freguesias para dizer que esta mudança levada a cabo pelo Governo deve ser “uma oportunidade para se criar mais descentralização, mais desconcentração, mais proximidade na prestação de serviços camarários”.

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