Falha numa agulha na origem do acidente ferroviário em França

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A SNCF (caminhos-de-ferro franceses) anunciaram já que irão revisar 5300 Aparelhos de Mudança de Via para descartar a existência de mais falhas.

Quando um comboio se parte em dois e uma parte segue em frente enquanto as carruagens de trás descarrilam, o mais provável é que tenha acontecido uma de duas coisas: ou as rodas de um dos veículos tinham defeito e saíram dos carris, ou uma agulha defeituosa encaminhou subitamente uma parte da composição para uma linha diferente.

No caso do acidente de Brétigny-sur-Orge terá sido o segundo caso pois o rápido Paris-Limoge descarrilou precisamente ao passar por uma agulha daquela estação.

Segundo o jornal La Tribune, uma peça de metal dessoldada no Aparelho de Mudança de Via (vulgo “agulha”) terá estado na origem do descarrilamento. A locomotiva e as primeiras carruagens ainda passaram pelo caminho correcto, mas como a peça dessoldada se soltou, a agulha deixou de guiar a composição pela linha correcta e os últimos veículos descarrilaram e tombaram sobre os cais de embarque da estação.

Um erro humano está fora de questão neste tipo de acidente, uma vez que um sistema de encravamento automático impede que um ferroviário mude o caminho da agulha no momento em que está um comboio a passar.

A possibilidade de ter havido uma falha numa roda (como o que aconteceu com um comboio de alta velocidade em Eschede, na Alemanha, em 1998, que provocou 101 mortos), está de momento afastada.

 

 

 
 
 

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