30 anos depois, os ABBA estão de regresso. Desta vez num museu

Trinta anos depois da separação dos ABBA, surge em Estocolmo um museu dedicado à banda sueca. Na inauguração, um dos músicos desmentiu os boatos de que a banda se voltaria a juntar.

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O museu em Abril, ainda na última fase de construção. Jonathan Nackstrand/ AFP
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“Esta é uma história que vale a pena ser contada”, disse Bjorn Ulvaeus na conferência de imprensa da inauguração do museu. Arnd Wiegmann/ Reuters
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Todos os grandes sucessos dos ABBA em destaque na exposição. Jessica Gow/ Reuters
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A Sala Dourada, com os discos de ouro que a banda conquistou, na primeira exposição permanente do museu. Jonathan Nackstrand/ AFP
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O museu mostra objectos pessoais dos ABBA Jessica Gow/ Reuters
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“Éramos muito sérios com a nossa música mas podíamos não nos levar tão a sério quando nos vestíamos”, recordou Ulvaeus. Jonathan Nackstrand / AFP
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Os visitantes podem cantar os êxitos dos ABBA ao lado de hologramas dos antigos membros da banda. Jonathan Nackstrand / AFP
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“Pensei que esta era uma grande história – quatro pessoas que se conhecem acidentalmente, se apaixonam e formam um grupo - para contar num museu”, disse Bjorn Ulvaeus, antigo membro da banda. Jonathan Nackstrand / AFP
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O visitante é guiado pela voz dos seus ídolos através dos áudio-guias produzidos por Catherine Johnson, guionista de “Mamma Mia!”. Arnd Wiegmann/ Reuters
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Inspirado num dos grandes êxitos de ABBA, “Ring Ring”, o museu tem um telefone vermelho, para onde um dos quatro músicos poderá ligar e surpreender os visitantes. Arnd Wiegmann/ Reuters
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Benny Andersson, antigo membro da banda pop, esteve na inauguração do museu em Estocolmo. Jonas Ekstromer/ Reuters
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Annifrid Reuss-Lyngstad, antigo membro dos ABBA, também esteve presente na inauguração do museu. Jonas Ekstromer/ Reuters
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A inauguração do museu foi acompanhada de fogo de artifício. Jonas Ekstromer / AFP

O Museu dos ABBA abre nesta terça-feira ao público em Estocolmo e recorda os tempos de glória da banda sueca com fotografias e recortes de imprensa, figurinos usados em espectáculos e a recriação de um antigo camarim dos músicos. Os visitantes poderão ainda dançar numa discoteca inspirada nos anos 1970 e cantar os êxitos de ABBA ao lado de hologramas em tamanho real dos seus ídolos.

O museu está localizado na ilha de Djurgården, que é também um parque onde estão várias instituições culturais. “No museu podem ver-nos juntos, mas não mais do que isso”, disse na conferência de imprensa de segunda-feira o músico Bjorn Ulvaeus, descartando assim a possibilidade de a banda se voltar a reunir. De início reticente à ideia de se tornar num “objecto de museu”, Ulvaeus mudou de opinião quando se apercebeu de que o museu iria funcionar em Estocolmo, disse à AFP. <_o3a_p>

O antigo membro da banda criada em 1972, agora com 68 anos, foi o que mais se envolveu na concepção do museu, tendo mesmo assegurado grande parte do financiamento. “Esta é uma história que vale apena ser contada”, disse à AFP. Ao site do jornal inglês Telegraph, Ulvaeus explicou que não teve dificuldade em proporcionar aos visitantes uma visão sobre a história da banda. “Pensei que esta era uma grande história – quatro pessoas que se conhecem acidentalmente, se apaixonam e formam um grupo - para contar num museu”.<_o3a_p>

Trinta anos depois da separação dos ABBA, o músico, que agora é avô, já está a pensar na versão da história que vai contar aos netos, a história de uma banda que fez sucesso em todo o mundo: “Tenho uma neta de cinco anos e ainda é cedo para lhe falar de um grupo pop e de celebridades por isso penso que lhe vou escrever um conto: era uma vez um rapaz numa pequena cidade da Suécia, que recebeu uma guitarra no Natal, quando tinha onze anos”.<_o3a_p>

No museu essa história está representada nas fotografias de infância, dos primeiros sucessos e da formação do grupo, nas imagens mais íntimas dos dois casais assim como na recriação do seu estúdio de gravação e do escritório do seu produtor.

O visitante é guiado pela voz dos seus ídolos através dos áudio-guias produzidos por Catherine Johnson, a guionista do filme Mamma Mia!. “A Catherine e eu lembrámo-nos de que os quatro membros dos ABBA podiam contar a sua história através de um áudio-guia e para tal entrevistou-nos separadamente”, disse ao Telegraph Ulvaeus. “Foi maravilhoso quando gravei a parte sobre quando eu e a Agnetha (a sua ex-mulher) nos conhecemos. Gravámos essa parte juntos, intercalando frases sobre como tinha sido”, recorda. <_o3a_p>

“Também falamos da vida quotidiana, da vida com os filhos, da ruptura, das crises, das coisas de que nunca falámos muito, dos divórcios”, disse o músico, que foi casado com Agnetha e com quem teve dois filhos. Benny e Anni-Frid formavam o outro casal.<_o3a_p>

Há ainda um camarim onde os visitantes vão poder experimentar alguns dos fatos mais famosos dos ABBA. Ulvaeus disse que ser artista pop dava-lhe a possiblidade de vestir tudo aquilo que lhe apetecia. “Achávamos que isso era porreiro, éramos muito sérios com a nossa música mas podíamos não nos levar tão a sério quando nos vestiamos.”

Inspirado num dos grandes êxitos da banda sueca, Ring ring, o museu tem também um telefone vermelho, do qual apenas os quatro músicos têm o número, e para onde poderão ligar para surpreender os visitantes.<_o3a_p>

Os ABBA - nome que surgiu a partir das iniciais dos nomes dos quatro membros do grupo, Agnetha Faltskog, Bjorn Ulvaeus, Benny Andersson e Anni-Frid Lyngstad - tornaram-se mundialmente conhecidos quando em 1974 ganharam o Festival Eurovisão da Canção, com Waterloo.

Entre 1972 e 1983 venderam quase 380 milhões de discos em todo o mundo e ainda hoje são reconhecidos por músicas como Dancing queen, Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight), Fernando, Chiquitita, Mamma Mia e Take a chance on me.

O grupo sueco separou-se em 1983, quando terminaram os casamentos dos dois pares - Agnetha e Bjorn e Anni-Frid e Benny - e só voltou a ser visto em público em Julho de 2008 na estreia, em Estocolmo, do filme Mamma Mia!, com Meryl Streep, Pierce Brosnan e Colin Firth. “Após dez anos, a energia criadora esmoreceu. Por isso, em 1983, decidimos que iríamos fazer outra coisa”, concluiu Bjorn. Trinta anos depois, decidiram voltar a aparecer juntos, num  museu.

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