PS diz que Passos não consegue encontrar substituto para o lugar de Miguel Relvas

Posição do Partido Socialista foi transmitida depois da publicação, em Diário da República, de despachos que demonstram que Relvas continua em funções.

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Miguel Relvas é um dos ministros mais próximo do primeiro-ministro Nuno Ferreira Santos

O PS considerou esta quinta-feira “absolutamente inédito” que o ministro Miguel Relvas continue em plena actividade governativa a despachar e a delegar funções uma semana depois da sua demissão, revelando as “dificuldades do primeiro-ministro” em substituí-lo.

Esta posição foi transmitida pelo deputado socialista Nuno Sá, depois de ter sido publicado em Diário da República que o ministro demissionário Miguel Relvas delegou na chefe do seu gabinete, Sílvia Esteves, funções como “a gestão corrente e os actos de gestão ordinária” do gabinete e a gestão orçamental.

“Soubemos hoje que o ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares continua em funções a exercer a sua actividade normal, a despachar e, inclusivamente, a delegar funções nos membros do seu gabinete. O primeiro-ministro [Pedro Passos Coelho] nada faz e dá-se o insólito de ter aceitado a demissão [de Miguel Relvas], mas os dias passam e não encontra substituto”, declarou Nuno Sá.

Para o deputado do PS, o facto de o ministro demissionário Miguel Relvas continuar a despachar “é revelador das dificuldades de Pedro Passos Coelho em encontrar quem queira ir para o seu Governo”.

“Essas dificuldades são notórias ao chegarem ao ponto de nem nas fileiras do PSD – e, provavelmente, nem das do CDS-PP – Passos Coelho encontrar quem queira ir para o Governo, e daí o arrastar desta situação, que é algo absolutamente inédito na democracia em Portugal”, referiu o deputado socialista eleito pelo círculo de Braga.

A demissão de Relvas do cargo de ministro adjunto e dos Assuntos Parlamentares, diz, “é uma novela sem fim e nunca vista”. “O ministro anunciou a sua demissão no passado dia 4 – uma demissão combinada há muito tempo com o próprio primeiro-ministro. Num momento de grande exigência para o país, seria adequado e exigível garantir o normal e estável funcionamento do Governo. Mas passou-se exactamente uma semana e não se conhece nenhum substituto do ministro demissionário Miguel Relvas”, acrescentou Nuno Sá.

 

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