PCS apresenta-se com “inconformistas” e “reformistas”

São 511 medidas lançadas pela Plataforma de Crescimento Sustentável para o debate sobre o futuro da sociedade portuguesa.

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Moreira da Silva, com Belmiro de Azevedo ao lado, é o mentor da iniciativa Miguel Manso

“Somos inconformistas no diagnóstico e reformistas nas propostas”, afirmou nesta quinta-feira Jorge Moreira da Silva, presidente do think-tank Plataforma para o Crescimento Sustentável, na apresentação pública do Relatório para o Crescimento Sustentável.

 

O documento resulta de cerca de um ano de trabalho feito por cerca de 400 especialistas e apresenta 511 propostas para o país, que não são todas unânimes dentro do próprio grupo, mas que devem ser vistos como “um ponto de partida e não de chegada.

“Não nascemos do combate à TSU, nem da vitória do senhor Hollande”, sublinhou Moreira da Silva, e querem contribuir para “uma visão pós-troika”, participando nos “grandes debates europeus”, como o futuro e a bioética, a Europa, a economia verde. E não escondem que “alguns” têm “filiação partidária”, bem como “funções nos partidos”, assumiu Moreira da Silva que é primeiro vice-presidente do PSD, sobre uma organização onde são várias as personalidades do PSD.

Propondo-se contribuir para uma redefinição das funções do Estado querem diminui-los nas áreas onde pensam que está a mais, como as sociais, e reforça-lo na defesa da “igualdade de oportunidades e na mobilidade social”.

Moreira da Silva salientou que há “transformações estruturais e investimentos selectivos e reprodutores do conhecimento” em que o Estado tem que escolher: e elegeu a “economia verde”, a “política industrial” e o “conhecimento”.

Não vendo o país como uma realidade isolada, a PCS quer também participar no “refundar do projecto europeu”, que vive “a maior crise desde o pós-guerra”. E que tem que obedecer a uma nova lógica, com “mutualização da dívida associada a um tesouro europeu”, com “a gestão coordenada do sistema europeu”, a “regulação das agencias de notação”, o reforço do Orçamento da União Europeia em 1,8% do PIB até 2020 e em 2% depois desta data e com o reforço dos poderes da Comissão Europeia e eleição do seu presidente.

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