Luís Montenegro garante que bancada do PSD está “coesa” e “solidária” com Orçamento

Dezoito deputados do PSD anunciaram que entregariam uma declaração de voto sobre a estratégia fiscal do orçamento do Estado

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O deputado e vice-presidente da bancada do PSD era o primeiro subscritor da declaração de voto sobre a estratégia fiscal do orçamento Rui Gaudêncio

O líder parlamentar do PSD afirmou esta terça-feira que o grupo parlamentar social-democrata está "absolutamente coeso e solidário" com o Orçamento, desdramatizando que a declaração de voto de 18 deputados tenha sido convertida numa declaração de voto da bancada.

"O grupo parlamentar do PSD está absolutamente coeso e solidário com os princípios, as orientações, os parâmetros da proposta de Orçamento do Estado", disse Luís Montenegro aos jornalistas no Parlamento.

Dezoito deputados do PSD que tinham assinado uma declaração de voto sobre a matéria fiscal do Orçamento do Estado para 2013 desistiram dessa iniciativa, que tinha como primeiro subscritor o deputado e vice-presidente da bancada social-democrata Miguel Frasquilho, em favor de um documento conjunto de toda a bancada social-democrata.

"Não aconteceu nada, o que aconteceu foi uma coisa muito simples: o grupo parlamentar do PSD apresentou uma declaração de voto que tem a adesão de todos os deputados, incluindo daqueles que tinham manifestado interesse em apresentar uma posição sectorial sobre a fiscalidade deste Orçamento do Estado", justificou Luís Montenegro.

"Estão a querer criar um caso que não existe", afirmou.

O líder parlamentar social-democrata sublinhou o "papel muito activo [da bancada do PSD] no processo de especialidade", que, afirmou, enriqueceu e melhorou o documento, demonstrando que o grupo parlamentar do PSD não está na Assembleia "só para secundar as posições do Governo".

Na segunda-feira, depois de anunciar em plenário que um grupo de 18 deputados do PSD iria apresentar uma declaração de voto sobre a matéria fiscal da proposta de Orçamento do Estado para 2013, Miguel Frasquilho não quis revelar o conteúdo desse documento à comunicação social.

No entanto, o Jornal de Negócios divulgou uma versão dessa declaração de voto, na qual era manifestado um desacordo face à "pesada carga fiscal" do orçamento, que Miguel Frasquilho disse não corresponder à versão correcta e final do documento que seria apresentado.
 

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