Seguro respondeu a carta de Passos Coelho em "tom duro"

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Seguro respondeu a Passos

António José Seguro respondeu esta tarde a Pedro Passos Coelho, uma carta em “tom duro” que os socialistas ainda não quiseram revelar.

Durante o debate do Orçamento do Estado para 2013, o secretário-geral do PS recebeu do primeiro-ministro uma missiva na qual este terá concretizado o pedido de consenso em torno da “refundação do memorando”-

Mas logo na quarta-feira à noite, o ex-presidente do PSD Luís Marques Mendes anunciou na TVI24 que o Governo já está a estudar essa reforma, tendo pedido ajuda a técnicos do Fundo Monetário Internacional para esse fim. Informação que foi entretanto confirmada pelo Ministério das Finanças e pelo próprio FMI.

O objectivo, detalhara Marques Mendes, é cortar 4000 milhões de euros em despesa já em 2014, dos quais 3500 milhões nas áreas sociais e 500 milhões em Defesa, Segurança e Justiça.

Estas revelações provocaram uma grande perplexidade junto do PS, que considerou como “uma farsa” o convite feito agora ao PS. Os socialistas questionam-se o que fez o Governo tomar uma iniciativa que recusou durante 16 meses. E consideram, em surdina, que se trata de tentativa de salvar a própria pele no momento em que o Executivo se sente aflito.

Vários dirigentes socialistas, como Pedro Marques, João Ribeiro e Eurico Dias (em artigo a publicar amanhã na edição impressa do PÚBLICO) já deixaram claro que a direcção do PS está cada vez mais contra o princípio da austeridade a todo o custo. E que rejeitam pôr em causa as funções sociais do Estado.

Mas a conversa entre os dois maiores partidos sobre estes assuntos ainda não está terminada.

Notícia actualizada às 19h30. Trocada notícia da Lusa por notícia do PÚBLICO

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