NATO limita operações conjuntas com forças afegãs para diminuir risco de ataques

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Forças da NATO têm retirada prevista do Afeganistão até 2014 Michael Kappeler/AFP

A NATO anunciou que vai limitar as operações conjuntas com as forças de segurança afegãs, para reduzir o risco de ataques de infiltrados, depois de um fim-de-semana negro para as forças da coligação no Afeganistão, em que morreram seis soldados.

Os quatro soldados americanos e dois britânicos perderam a vida em ataques de homens que envergavam uniformes militares afegãos, ao mesmo tempo que se multiplicam os protestos violentos e ataques de protesto contra o filme Innocence of Muslims, que ridiculariza os muçulmanos e o seu profeta Maomé.

O último atentado de infiltrados contra as forças da NATO ocorreu no domingo: vários homens que usavamn uniformes da polícia afegã mataram quatro soldados norte-americanos num posto de controlo na província de Zabul.

Na sexta-feira, outros dois tinham perdido a vida noutro ataque, a uma base militar em Helmand, onde estava o príncipe Harry, em missão no Afeganistão. Os taliban, que reivindicaram o ataque, disseram que foi uma forma de protesto contra o filme que desde há uma semana está a indignar os muçulmanos. Segundo a Al-Jazira, foi o ataque isolado mais destrutivo em 11 anos de guerra contra uma base ocidental.

A decisão de limitar as operações conjuntas, tomada ainda longe da retirada das forças estrangeiras do Afeganistão, marcada para 2014, foi justificada com a perda de confiança das forças da NATO nas tropas nacionais. As operações de patrulha conjuntas, por exemplo, deixam a partir de agora de ser uma rotina e passam a requerer a autorização do comandante regional.

Desde o início do ano, já morreram 51 soldados norte-americanos e de outros países da coligação. E 12 dos 36 ataques deste ano ocorreram durante o mês de Agosto.

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