Cavaco salienta papel dos Comandos na Guerra Colonial e na consolidação da democracia

O Presidente da República, Cavaco Silva, assinalou hoje o “desempenho notável” dos comandos na Guerra Colonial, salientando igualmente o “papel preponderante” que desempenharam na “preservação e defesa da legitimidade democrática reconquistada” no 25 de Abril.

O Chefe de Estado presidiu às comemorações do 50º aniversário dos comandos, no Centro de Tropas Comandos, na Carregueira, no concelho de Sintra.

Cavaco Silva referiu-se aos militares que estiveram na origem e integraram as primeiras forças, a quem “foram exigidos graus de resistência física e mental singularmente elevados, para fazer face à natureza e aos requisitos do ambiente operacional” com que então foram “confrontados em África”.

“Durante 12 anos, nove mil homens, integrando várias unidades deste corpo de elite, tiveram um desempenho notável nos teatros de operações de Angola, Moçambique e Guiné, fazendo do militar ´comando’ um soldado de excepção, exemplo maior de valor militar, valentia em combate, coragem, sangue-frio e serena energia debaixo de fogo”, afirmou.

Para o Presidente, “o espírito de disciplina, o sentido de responsabilidade e o elevado patriotismo demonstrados em África ficaram novamente patentes quando foram chamados a actuar em defesa da legitimidade democrática, assumindo um papel preponderante na preservação e na consolidação da liberdade reconquistada no 25 de Abril de 1974”.

“É pois com um sentimento de viva gratidão que hoje evocamos a memória de todos os ´comandos’ que tombaram no campo da honra e deram a sua vida pela pátria, a quem prestamos sentida homenagem”, afirmou.

O Presidente, que é Comandante Supremo das Forças Armadas, lembrou que “hoje a actuação dos comandos desenvolve-se num contexto diferente, mas a determinação, o profissionalismo e a preparação dos militares mantém-se a mesma, quer nas missões que desempenham nas forças nacionais destacadas, de que é exemplo a actuação no Afeganistão, merecedora de rasgados elogios, quer nas acções de cooperação técnico-militar que desenvolvem com os países de expressão portuguesa”.

Aos jornalistas, Cavaco Silva quis sublinhar o “particular simbolismo” da comemoração dos 50 anos dos comandos e a “justa homenagem” que lhes é prestada, salientando a sua condição de “tropa de elite, com uma grande resistência física e psicológica, preparados para enfrentar situações de extrema dificuldade”.

“Quero também dirigir uma palavra de apreço à associação dos comandos, pelo esforço que tem desenvolvido para preservar a memória e os princípios dos comandos e o seu trabalho para reforçar os laços de solidariedade e de camaradagem entre todos os comandos”, afirmou.

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