Danilo, a nova estrela do Marítimo “quebrou” o Rio Ave

Danilo Dias, que o Marítimo descobriu em 2010 no desconhecido Ipatinga, do Brasil, está a revelar-se uma das figuras dos madeirenses depois de perderem o seu goleador Baba. Esta noite, fez os dois golos que derrotaram (1-3) o Rio Ave.

O jogador, de 26 anos, que durante muito tempo foi utilizado como médio ofensivo central, ocupou o eixo do ataque depois do castigo que impediu o camaronês Pouga de defrontar o Sporting na última jornada. Pedro Martins entregou, nesso jogo, o eixo do ataque ao brasileiro, que carimbou o segundo golo que derrotou os “leões” e conquistou o lugar.

Esta noite, a sua qualidade, em 18 minutos, acabou praticamente com as esperanças do Rio Ave (que ainda reduziu num remate de Braga) conseguir um resultado positivo. O brasileiro somou o oitavo golo na Liga e já está entre os dez melhores marcadores. O Rio Ave reagiu, ainda marcou e teve mais uma ou outra oportunidade, mas não chegou.

O novo goleador é apenas o ponto mais brilhante de uma equipa que está em quarto lugar e joga um futebol organizado pelo campo todo. Começa pela segurança do guarda-redes Peçanha, que já tinha mostrado as suas qualidades no Paços, passa por dois elementos que oferecem solidez ao meio-campo (Roberto Sousa e Rafael Miranda) e depois um médio mais dotado tecnicamente, que dá pelo nome de Benachour. Uma estratégia que permite, depois, movimentações rápidas de Sami e Heldon pelas faixas laterais, constituindo um pesadelo para as defesas adversárias.

O primeiro golo, aos 4’, nasceu de um passe de Benachour que Tiago Pinto não conseguiu cortar, acabando a bola nos pés de Danilo Dias, que passou pelos centrais e rematou para o primeiro golo. Depois, aos 18’, apareceu de forma oportuna a concluir um canto de Luís Olim, que João Guilherme desviou ao primeiro poste.

O Rio Ave, que vinha de uma vitória em Olhão, conseguiu responder em cima do intervalo. Mendes, pela faixa direita, tirou o cruzamento para João Tomás, Roberge (um central de qualidade do Marítimo) cortou de cabeça, mas a bola sobrou para Braga, que encheu o pé de fora da área. O remate saiu de primeira e o Rio Ave conseguiu reduzir a diferença para desespero de Pedro Martins, que mostrou o seu inconformismo com a incapacidade de os seus médios acompanharem o jogador que um dia se distinguiu ao marcar no Dragão, oferecendo a vitória ao Leixões.

No início da segunda parte, o veterano goleador João Tomás quase conseguia o empate. A bola saiu ao lado, após um bom trabalho de Mendes, um ala sempre muito activo. Braga voltou, aos 50’, a mostrar a sua meia-distância e Peçanha as suas qualidades. A reacção foi-se esgotando e os madeirenses fecharam o resultado com uma grande penalidade, aos 86’, convertida por João Guilherme.

Ficha de jogo

Rio Ave,


1

Marítimo,


3

Jogo no Estádio dos Arcos, em Vila do Conde.

Rio Ave

Huanderson, Jean Sony, Gaspar, Éder, Tiago Pinto, André Vilas Boas, Wires (Braga, 28’), Vitor Gomes, Mendes (Atsu, 70’), João Tomás (Anselmo, 75’)e Yazalde.

Treinador

Carlos Brito.

Marítimo

Peçanha, Briguel, João Guilherme, Roberge, Luís Olim, Roberto Sousa, Rafael Miranda, Benachour (João Luiz, 78’), Sami, Danilo Dias (Robson, 86’) e Heldon (Pouga, 59’).

Treinador

Pedro Martins.

Árbitro

Manuel Mota, de Braga.

Amarelos

Braga (62’), Gaspar (69’), Tiago Pinto (82’), André Vilas Boas (87’), Roberge (90+3’)

Golos

0-1, por Danilo Dias, aos 4’: 0-2, por Danilo Dias, aos 18’; 1-2, por Braga, aos 42’; 1-3, por João Guilherme (g.p.), aos 87’.

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