Melancolia, de Lars Von Trier, é o melhor filme europeu do ano

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O realizador esteve ausente da cerimónia de entrega dos prémios em Berlim Foto: Eric Gaillard/Reuters

Na cerimónia de sábado, em Berlim, onde foram anunciados os vencedores, o filme de Trier recebeu o galardão de melhor direcção de fotografia, para o chileno-dinamarquês Manuel Alberto Claro, e a distinção na categoria de melhor direcção artística, para Jette Lehmann.

Trier foi uma ausência notada em Berlim, depois do escândalo que causou no último Festival de Cannes, em Maio, quando se autoproclamou nazi e disse admirar e entender Adolf Hitler. Na altura, as declarações deixaram em choque o festival de cinema francês e nem as desculpas que mais tarde pediu anularam a condenação de Cannes.

À parte da polémica e do facto de o próprio Trier se dizer confortável no papel de persona non grata, a obra do dinamarquês acabou por ser reconhecida, agora, pelos mais de 2500 membros da Academia de Cinema Europeu.

A Dinamarca recebeu, aliás, outras distinções que a tornaram o país em destaque em Berlim. Para além dos prémios de Melancolia, a distinção na categoria realizadora europeia do ano foi para Susanne Bier, pelo filme Num Mundo Melhor. E o também dinamarquês Mads Mikkelsen recebeu um reconhecimento especial pela sua contribuição para o cinema mundial.

A britânica Tilda Swinton foi eleita a melhor actriz, em Temos que falar sobre Kevin, e Colin Firth distinguido como melhor actor, em O Discurso do Rei, obra que foi ainda escolhida, por votação online, para receber o prémio do público.

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