Defesa diz que Terre'Blanche tentou sodomizar um dos seus assassinos

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Terre'Blanche foi encontrado esfaqueado na cama Siphiwe Sibeko/REUTERS

O assassínio do líder da extrema-direita branca sul-africana Eugène Terre’Blanche poderá ter sido motivado por uma questão sexual, disse hoje Puna Moroko, advogado de um dos suspeitos, Chris Mahlangu, de 28 anos.

A polícia está agora a investigar as alegações de que o fazendeiro procurou embriagar Mahlangu e um jovem de apenas 15 anos, tendo-os depois levado para a sua propriedade e procurado manter relações sexuais “com um deles ou com ambos”.

Terre’Blanche, de 69 anos, foi encontrado esfaqueado na cama, com as calças em baixo, no dia 3 de Abril. Inicialmente noticiou-se que dois trabalhadores rurais o teriam morto por ele não lhes querer pagar salários que estavam em atraso.

Entretanto, surgiu a informação de que o líder do Movimento de Resistência Afrikaner (AWB) e os alegados assassinos tinham sido vistos numa loja de bebidas alcoólicas na data do crime. Segundo Moroko, ele comprou 18 garrafas de sidra, de 340 ml cada uma, para Mahlangu e 13 para o outro indivíduo, cujo nome não é revelado por se tratar de um menor. Para si próprio, o fazendeiro teria pedido uma garrafa de vodka.

“Estamos a investigar o caso. Analisamos tudo o que é alegado. Também confiscámos as roupas dos dois acusados”, disse o tenente-general da polícia Jan Mabula, a propósito das insinuações de que Eugène Terre’Blanche teria tentado sodomizar os negros.

Aguarda-se agora que os detidos compareçam quarta-feira no tribunal de Ventersdorp, onde deverão pedir para sair em liberdade sob fiança, a fim de aguardarem julgamento.

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