Bullying: Comissão de Protecção de Crianças e Jovens em Risco "preocupada" e "disposta a actuar"

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É preciso investir "cada vez mais na ajuda às crianças para a sua consciência moral" Carlos Lopes

A Comissão Nacional de Protecção de Crianças e Jovens em Risco está "preocupada" com o 'bullying' e "disposta a actuar" no sentido da sua prevenção, em articulação com as escolas e famílias, afirmou hoje o seu presidente.

O 'bullying' "é um assunto que nos preocupa e estamos dispostos a actuar no sentido da sua prevenção e da reparação, em cooperação com as escolas e famílias", afirmou esta manhã Armando Leandro, que participou na I Conferência sobre "Abuso de Crianças e Jovens", a decorrer na aula magna da faculdade de Medicina da Universidade do Porto.

Segundo referiu, o 'bullying' é um problema comunitário que preocupa a comissão e deve ser prevenido através das próprias relações entre crianças.

"A violência não se justifica, sobretudo essa humilhação do mais fraco", disse, salientando a importância em investir "cada vez mais na ajuda às crianças para a sua consciência moral".

Armando Leandro referiu que Comissão vai tentar "intensificar" palestras nas escolas sobre a violência, considerando que "a escola não pode ser deixada sozinha neste problema, embora deva ter mecanismos internos" de prevenção de situações de violência.

É intenção da Comissão colaborar com as direcções regionais de educação, mas também com investigadores nesta área, para que se percebam as causas de forma a "prevenir e eliminar" estes actos de violência.

O responsável defendeu "o apelo aos afectos e à compreensão do que é a criança e de como se processa o seu desenvolvimento" como forma de evitar abusos sobre estas.

No seu entender, as crianças precisam de um modelo educativo e pedagógico, não de actos violentos.

É fundamental, no seu entender, "que haja cada vez mais precocemente a ideia de que a criança é um sujeito de direito".

Armando Leandro salientou ainda o "dever" da sinalização de casos de violência sobre crianças e jovens, afirmando que a sociedade deve "interiorizar que a sinalização é um atco cívico fundamental" para proteger a criança.

"Na dúvida, vale mais sinalizar para proteger, com a ideia de que o que diz respeito à criança é determinante", concluiu.

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