Ministério da Justiça suíço desfavorável a recursos de Roman Polanski

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Os advogados de Polanski pedem que o realizador seja libertado sob fiança Ina Fassbender/REUTERS

As autoridades suíças rejeitaram o recurso apresentado pelos advogados do realizador Roman Polanski, preso a 26 de Setembro, no cumprimento de um mandado de captura internacional emitido em 1978 nos EUA, acusado de ter relações sexuais com uma menor.

O Gabinete Federal de Justiça suíço recomendou ainda ao Tribunal Penal Federal, que está a apreciar o pedido de extradição, que rejeite outro recurso apresentado pelos advogados do realizador de 76 anos, que pedem a sua libertação, mediante pagamento de uma caução, diz a Reuters. “Desejamos sinceramente que os juízes suíços consigam abstrair-se do linchamento mediático [de que Polanski está a ser alvo], que não é compatível com a serenidade com que se deve fazer justiça”, declarou Hervé Temime, advogado do realizador. “Por isso esperamos com confiança a decisão dos juízes suíços, na semana que vem”, acrescentou. As recomendações do Gabinete Federal de Justiça foram um golpe, reconheceu Temime. “Mas não nos surpreendem muito”, disse. O advogado recordou que “Polanski se compromete a permanecer na Suíça durante todo o processo de extradição e a respeitar todas as obrigações que lhe possam ser impostas”. Polanski deu-se como culpado por ter relações sexuais com uma rapariga de 13 anos em 1977, mas o realizador, distinguido com o Óscar, fugiu dos EUA na véspera de ser emitida a sentença, em 1978, por temer uma condenação a 50 anos de prisão.

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