CGTP e CDS/PP exigem maior protecção ao desempregados

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Carvalho da Silva, secretário-geral da CGTP, disse que algumas propostas tiveram acolhimento junto dos populares Carlos Lopes/Arquivo

A CGTP-IN e o CDS/PP mostraram hoje que, apesar de estarem em terrenos políticos opostos, têm posições comuns sobre políticas sociais e de emprego, defendendo maior esforço na criação de emprego e maior protecção aos desempregados.

O encontro entre o partido e a Intersindical vem no seguimento das reuniões que a CGTP-IN tem tido com todos os partidos com assento parlamentar para, como explicou o líder da plataforma sindical, Carvalho da Silva, colocar na agenda política os temas laborais e para que a campanha para as eleições legislativas se debruce sobre “problemas concretos”.

No final da reunião, Manuel Carvalho da Silva apontou que algumas das propostas da CGTP tiveram acolhimento junto do CDS/PP. “Desde logo este problema de dar prioridade ao emprego e à questão das pessoas. E se elas estão em situação de desemprego é preciso responder quer pelo esforço de criação de emprego quer do ponto de vista de não os deixar desprotegidos. Porque não pode haver nenhum desempregado deste país desprotegido e neste momento há muitas dezenas de milhar”, apontou Carvalho da Silva, para quem a actualização das pensões e a sustentabilidade da Segurança Social são outros dois problemas a resolver.

No que diz respeito à criação de emprego, o líder da CGTP lembrou que há muito que a Intersindical “vem dizendo que aquilo que está a ser assumido não é suficiente”. “Uma generalização da precariedade do trabalho conduziria ao agravamento do desemprego e isso está a confirmar-se e é preciso que os resultados económicos, quando começarem a surgir, sejam reorientados para o emprego e não para o aumento do lucro dos accionistas”, defendeu.

Do lado do CDS/PP, a defesa da criação de emprego surgiu pelo apoio às empresas de menores dimensões. “Para criar empregos em Portugal é preciso estimular as micro, as pequenas e as médias empresas, porque são estas empresas que em Portugal são responsáveis por dois milhões de postos de trabalho, são elas que conseguem manter empregos e são elas que, se forem estimuladas e apoiadas, podem criar mais postos de trabalho”, sustentou Pedro Mota Soares.

Por outro lado, ao nível das políticas sociais, o CDS/PP quer ver alterado o acesso à protecção em caso de desemprego, face ao aumento do número de portugueses que, tendo perdido o posto de trabalho, não tem acesso a qualquer prestação de desemprego. “É urgente e fundamental mudar as regras, tal como é urgente mudar outra regra que é a de majorar, nos casos dos casais em que estão os dois no desemprego, esta prestação”, exigiu o líder parlamentar centrista.

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