Bin Laden apela ao derrube do Presidente da Somália

Foto
O líder da Al-Qaeda numa imagem de que não se conhece a data Reuters

O líder da Al-Qaeda apelou ao derrube do novo presidente somali, o xeque Sharif Ahmed, noticiou a televisão pan-árabe do Qatar Al-Jazira. Uma gravação identificada como de Osama bin Laden apareceu hoje nos sites usados habitualmente pela Al-Qaeda, mas não há ainda confirmação oficial da autenticidade do registo. Esta será a segunda gravação áudio de Bin Laden em menos de uma semana e a terceira desde o início deste ano.

“Ele é como os presidentes [árabes], que estão a soldo dos nossos inimigos”, afirma o chefe da Al-Qaeda sobre Sharif Ahmed, segundo citam as agências de notícias. Osama dirige-se aos “campeões da Somália”, que exorta ao combate. São os islamistas do país, a quem pede que derrubem o novo chefe de Estado, um islamista moderado eleito no fim de Janeiro para tentar dirigir este país em guerra civil desde 1991.

Bin Laden avisa os somalis contra “iniciativas apresentadas como islamistas mas que são contrárias à 'sharia' [lei islâmica]”, exortando “à paciência” e à resistência. Osama refere-se aos islamistas somalis como “a primeira linha de defesa do sudoeste do mundo islâmico”.

Sharif Ahmed, que dirigia os Tribunais Islâmicos, sucedeu na presidência a Abdullahi Yusuf Ahmed, que era hostil a qualquer negociação com os islamistas e foi forçado a demitir-se. As forças do Governo ainda combatem para recuperar o controlo de Mogadíscio, a capital, e o sul controlado pelos insurrectos. A ala mais radical da oposição quer continuar a combater até que todas as tropas estrangeiras saiam do país – há 3400 soldados de uma força de paz da União Africana na Somália. E querem também a introdução da "sharia".

Na última gravação que divulgou, Bin Laden acusava os países árabes de “cumplicidade” com Israel e com os seus aliados ocidentais durante a ofensiva contra Gaza de Dezembro e Janeiro.

O homem que reivindicou os atentados do 11 de Setembro nos Estados Unidos continua a evadir-se à captura. Washington oferece uma recompensa de 25 milhões de dólares por informações que permitam encontrá-lo.

Sugerir correcção
Comentar