Aquilo que estava para ser apenas uma manifestação pacífica, organizada por vários grupos de estudantes, acabou em mais uma noite violenta na Grécia, com confrontos entre grupos de adolescentes mais radicais e a polícia.

Os incidentes ocorreram mais uma vez no bairro de Exarhia, em Atenas, onde morreu há duas semanas um rapaz de 15 anos, alvejado pela polícia durante distúrbios.

Tinha sido anunciada uma manifestação pacífica, mas alguns dos participantes acabaram por incendiar caixotes de lixo e arremessar pedras e coktails Molotov à polícia, que acabou por responder com gás lacrimogénio.

O confronto acabou por se stender até à Escola Politécnica de Atenas, local de refúgio dos grupos mais violentos, que aproveitam o estatuto de santuário da instituição, onde a polícia está proibida de entrar.

Os confrontos estenderam-se ainda aos arredores da Faculdade de Direito onde um grupo de encapuzados atirou pedras a edifícios públicos e acabaram por incendiar três carros.

Nem a árvore de Natal colocada em frente ao Parlamento grego foi poupada. Depois de um primeiro exemplar do pinheiro de natal da cidade ter sido incendiado, a polícia montou escolta a uma segunda a que um grupo acabaria ontem por mandar sacos de lixo.

Hoje aguardam-se novas notícias sobre a morte do rapaz de 15 anos alvejado pela polícia. Depois do relatório da autópsia ter revelado que a bala que o matou foi um tiro de ricochete e não um disparo directo, como indicavam testemunhas oculares, os pais pediram nova peritagem. A investigação no local em que ocorreu a morte estava a ser feita esta manhã.