China vai enviar três navios de guerra para combater piratas ao largo da Somália

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Entre os 17 navios que presentemente se encontram nas mãos dos piratas, um é chinês Reuters (arquivo)

As autoridades chinesas vão enviar três navios de guerra para o Golfo de Aden para lutarem contra a pirataria marítima ao largo da Somália, que tem vindo a crescer nos últimos meses, de acordo com a agência noticiosa do país “Nova China”.

O porta-voz do ministro chinês dos Negócios Estrangeiros, Liu Jianchao, informou que os navios partem no dia 26 de Dezembro para se juntarem à frota internacional que patrulha as águas naquela zona. “A sua principal missão consiste em velar pela segurança nos navios e das tripulações chinesas assim como pela segurança nos cargueiros com ajuda humanitária para as organizações internacionais, como o Programa Alimentar Mundial da ONU”, precisou o responsável.

“Os navios chineses cumprirão estritamente as resoluções do Conselho de Segurança da ONU e as leis internacionais e vão trabalhar com os outros países e fazer parte das missões de ajuda humanitária”, acrescentou Liu Jianchao.

Terça-feira o Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou uma resolução que autoriza operações internacionais ao largo do território da Somália durante um ano. Com esta medida os Estados que lutam contra a pirataria marítima vão poder “tomar todas as medidas necessárias na Somália para impedir de agir aqueles que o utilizam o território para preparar, facilitar ou empreender actos de pirataria no mar”.

Esta resolução autoriza os Estados comprometidos na luta contra a pirataria marítima “a tomarem todas as medidas necessárias na Somália para impedir agir os que utilizam o seu território para preparar, facilitar ou empreender actos de pirataria em mar”.

Na quarta-feira um cargueiro chinês foi atacado enquanto navegava naquele golfo que tem sido palco de constantes ataques por parte dos piratas que cada vez mais se afastam da costa para interceptar as vítimas.

Esta será a primeira vez na história moderna que navios chineses realizam missões fora das águas do país. Entre os 17 navios que presentemente se encontram nas mãos dos piratas, um é chinês. Pelo menos 108 navios foram atacados por piratas somalis desde o início do ano, e 42 foram capturados, segundo o Centro Antipirataria do Gabinete Marítimo Internacional sedeado em Kuala Lumpur, Malásia.

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