Portas quer mais quatro mil polícias e videovigilância nos bairros problemáticos

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Portas defende também a suspensão do processo de atribuição de nacionalidade a imigrantes que tenham participado em crimes Rui Gaudêncio (arquivo)

O líder do CDS-PP, Paulo Portas, defendeu hoje o recrutamento especial de 4000 efectivos para a GNR e PSP, a instalação de videovigilância nos “bairros problemáticos” e o cumprimento integral de penas nos crimes “mais graves” como formas de combater a criminalidade violenta.

A suspensão do processo de atribuição de nacionalidade a imigrantes que tenham participado em crimes e a obrigatoriedade de julgamentos em 72 horas para todos os que sejam detidos em flagrante delito foram outras das medidas defendidas por pelo líder do CDS-PP, numa conferência de imprensa, esta tarde na sede do partido, em Lisboa.

Para Paulo Portas, os quatro mil polícias a admitir devem ser colocados nos bairros “mais problemáticos” dos concelhos limítrofes de Lisboa, Setúbal e Porto, onde devem também ser instaladas câmaras de videovigilância. Portas defendeu ainda “políticas penais mais duras”, como o “cumprimento integral de penas para os crimes mais graves”.

Na área da imigração, o líder democrata-cristão defendeu que “o Estado deve ser exigente” e considerou que “ser de uma minoria étnica não dá direito a condescendência especial” nem a “desculpabilizações sociais”. Os imigrantes legais que cometam um crime, defendeu, devem ser julgados em poucos dias e “se forem condenado, a pena de expulsão deve ser admitida”.

Paulo Portas anunciou que vai entregar estas propostas na Assembleia da República até ao dia 15 de Setembro e desafiou os socialistas a aceitarem debatê-las, renunciando à actual “política de falta de rigor e de improviso” em questões de segurança interna.

Número de polícias diminuiu

O líder popular acusou ainda o ministro da Administração Interna de ter mentido quando afirmou ontem, em entrevista à RTP, que o número de polícias aumentou. “O ministro diz que foram admitidos 4400 agentes da GNR e da PSP. Perguntaram-lhe quantos tinham saído. Nunca respondeu porque já saíram 4600 agentes em três anos”, sublinhou.

Quanto ao anúncio de que a lei das armas vai ser alterada para que seja aplicada prisão preventiva em todos os crimes envolvendo armas de fogo, Paulo Portas disse que “é melhor ter a norma das armas sobre a lei das armas do que nada”.

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