Vitória do "não" ao referendo na Córsega

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A participação na votação foi de 60 por cento François Anardin/AFP

O "não" ao referendo organizado na ilha francesa da Córsega sobre a reforma institucional ganhou hoje por 50,98 por cento dos votos, anunciou o ministro francês do Interior, Nicolas Sarkozy.

A participação foi de 60 por cento, adiantou o ministro. Assim, os 191 mil eleitores da ilha rejeitaram um novo estatuto administrativo para a Córsega, defendido pelo Governo francês. Este previa, nomeadamente, o reagrupamento das suas duas assembleias territoriais numa única entidade.

Esta tarde, o Presidente francês Jacques Chirac "lamentou" o fracasso do referendo e convidou os corsos a mobilizarem-se para "enfrentarem o desafio" do desenvolvimento económico, social e cultural. "Os corsos não concordaram com o projecto de reorganização das instituições da sua colectividade. Lamento-o", declarou Chirac, em comunicado.

A votação realizou-se 48 horas depois da detenção de Yvan Colonna, militante nacionalista e presumível assassino do prefeito da Córsega Claude Erignac, abatido em Fevereiro de 1999, em Ajaccio, por um grupo de independentistas.

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