Quatro reféns das FARC assassinados no Sul da Colômbia

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Militares têm combatido a guerrilha das FARC na Colômbia Jose Miguel Gomez/Reuters

Quatro reféns das FARC, todos membros das forças de segurança colombianas, foram assassinados pela guerrilha, anunciou o ministro da Defesa da Colômbia, Juan Carlos Pinzon.

Membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) assassinaram os reféns quando militares colombianos se aproximaram da região de Caqueta, no Sul da Colômbia, onde os sequestrados estavam retidos.

Juan Carlos Pinzon confirmou em declarações aos jornalistas que “os quatro reféns, todos membros das forças da ordem, foram assassinados”. Faziam parte de um grupo de 18 polícias e militares detidos pela guerrilha há já mais de 10 anos.

Há 45 dias que o Exército procurava estes reféns na região de Caqueta, por terem informações de que seria nessa região que se encontravam os sequestrados, adiantou o ministro. Neste sábado as tropas aproximaram-se do local e os quatro reféns acabaram por ser mortos.

“Houve confrontos durante alguns minutos, depois foram descobertos quatro cadáveres baleados, três com balas na cabeça e outro nas costas”, adiantou Juan Carlos Pinzon, que não divulgou a identidade dos reféns assassinados. O ministro denunciou a “falta de respeito pela vida” no seio das FARC.

Nos últimos anos morreram vários reféns da guerrilha. Em Junho de 2007, onze deputados da região do Valle del Cauca, no Sudoeste do país, morreram quando decorriam confrontos entre as FARC e militares colombianos. A guerrilha alegou que morreram na sequência dos combates, o Governo colombiano acusou as FARC de os terem assassinado, recordou a AFP.

Um ano depois, em Julho de 2008, o Exército conseguiu libertar a antiga candidata à presidência Ingrid Bettancourt e outros três norte-americanos, e a 11 de Novembro o Exército anunciou a descoberta do corpo de um refém das FARC.

O anúncio das quatro mortes, neste sábado, causou fortes críticas por parte da associação de familiares de reféns Asfamipaz, que se tem oposto às intervenções militares. “Cada dia a nossa dor é mais forte”, disse a presidente desta associação, Marleny Orjuela, citada pela AFP. “Falta humanidade por parte do Governo e da guerrilha. Matámos as esperanças das famílias”.

Um antigo refém, Luis Eladio Perez, disse à Rádio Caracol que “estas tentativas de libertação são muito arriscadas para os reféns”. E adiantou: “Se se tratou de uma tentativa de libertação, é preciso determinar a responsabilidade do Governo”.

A morte dos reféns ocorreu vinte dias depois de ter sido morto em confrontos com os militares o líder das FARC Alfonso Cano, tendo a liderança da guerrilha sido entretanto assumida por Rodrigo Londono Echeverry, conhecido por “Timochenko”.

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