A polícia australiana anunciou a detenção de sete pessoas suspeitas de estarem a preparar uma série de atentados bombistas em Melbourne, no dia de Natal. Trata-se de sete jovens, incluindo uma mulher, que entretanto foi libertada sem qualquer acusação. Pelo menos três deles vão responder em tribunal por tentativa de ataque terrorista. 

O chefe da polícia do estado de Vitória, o comissário Graham Ashton, disse na sexta-feira (quinta-feira em Lisboa) aos jornalistas que os sete suspeitos se inspiraram no grupo extremista Daesh e estavam a planear actuar na estação ferroviária de Flinders Street, na Praça da Federação e na catedral de São Paulo, em Melbourne. Um deles é de origem egípcia, enquanto os restantes são australianos de ascendência libanesa. 

Graham Ashton disse que a polícia estava a seguir os suspeitos há algum tempo, e que se preparavam para usar não só explosivos como armas de fogo ou armas brancas. As autoridades pensam que se "radicalizaram sozinhos", inspirados no autoproclamado Estado Islâmico. 

Segundo o primeiro-ministro australiano, Malcolm Turnbull, tratou-se de uma das mais graves conspirações terroristas desmanteladas nos últimos anos. Na operação policial que culminou nas detenções estiveram envolvidos 400 polícias e também os serviços secretos.