Um grupo de 50 voluntários de partidos políticos pró-curdos da Turquia vão começar uma greve de fome para exigirem notícias do líder curdo preso, Abdullah Öcalan. O protesto começa a 5 de Setembro.

Entre os voluntários há deputados do HDP (Partido Democrático do Povo), o principal partido pró-curdo da Turquia.  

A greve continuará até que os participantes obtenham informações sobre Abdullah Öcalan, dirigente do PKK (Partido dos Trabalhadores do Curdistão), preso desde 1999 e de quem dizem não ter notícias desde 4 de Abril.

Durante a reunião em Diarbaquir onde a decisão foi tomada, um grupo de manifestantes gritou frases a favor de Öcalan e exibiram o seu retrato num edifício. A polícia ordenou que os militantes retirassem o retrato.

A Turquia está em conflito desde 1984 com o PKK, que realiza ataques regulares contra as forças de segurança no território turco. Na sexta-feira, 11 polícias turcos foram mortos e mais de 70 ficaram feridos num ataque-suicida contra os locais da polícia na cidade de Cizre, na fronteira com a Síria. O PKK, considerado uma organização terrorista pela Turquia, reivindicou o ataque.

Abdullah Öcalan está detido na ilha-prisão de Imrali, perto de Istambul, mas não está autorizado a receber visitas, nem dos seus advogados nem de pessoas próximas, desde que o cessar-fogo entre o PKK e as forças de segurança turcas terminou há um ano.

Este anúncio surge no momento em que a ofensiva militar lançada por Ancara no norte da Síria, visando as milícias curdas, entra na sua segunda semana.