Há cerca de 100 mil crianças em risco em Mossul, alerta UNICEF

Há crianças a serem usadas como escudos humanos pelos insurgentes, diz o organismo das Nações Unidas.

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Os ataques a civis têm sido recorrentes e milhares de crianças são mortas diariamente Reuters/ALAA AL-MARJANI

Cerca de 100 mil crianças estão em condições de risco extremo em Mossul, cidade iraquiana controlada pelo Daesh. A informação é avançada, esta segunda-feira, pelas Nações Unidas.

Em comunicado, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) revelou que as crianças estavam a ser usadas como escudos humanos pelos insurgentes ou foram apanhadas no fogo cruzado da guerra, sendo que algumas foram obrigadas a combater. Alguns hospitais e clínicas locais têm sido atacados, acrescenta a UNICEF no documento.

“Estamos a receber relatos alarmantes de civis, incluindo diversas crianças, que estão a ser mortos em Mossul”, diz o comunicado, que acrescenta que “alguns foram mortos enquanto tentavam desesperadamente fugir da guerra, que se intensifica a cada momento”.

Uma equipa da Reuters TV viu, no sábado, corpos de dezenas de civis, incluindo crianças, caídos na rua, aparentemente enquanto fugiam do enclave.

As forças governamentais do Iraque retomaram o leste de Mossul em Janeiro e começaram a avançar na conquista do restante território detido pelo Daesh a 27 de Maio. A ofensiva de Mossul começou em Outubro com apoio aéreo e terrestre de uma coligação internacional liderada pelos Estados Unidos.

Perto de 700 mil pessoas, cerca de um terço da população pré-guerra de Mossul, já fugiram da cidade à procura de refúgio com amigos e família ou mesmo nos campos de refugiados. “Ataques a civis e a infra-estruturas civis como hospitais, clínicas, escolas, casas e sistemas de distribuição de água devem parar imediatamente”, afirmou a UNICEF. 

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