Casamento gay mais próximo de se tornar uma realidade na Alemanha

Chanceler alemã declarou que o voto deve ser feito com "consciência", independentemente das ideologias partidárias.

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Angela Merkel durante o evento da revista alemã Brigitte LUSA/CLEMENS BILAN
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Angela Merkel durante o evento da revista alemã Brigitte LUSA/CLEMENS BILAN

A chanceler alemã, Angela Merkel, lamentou que o debate sobre o casamento homossexual no país seja limitado por orientações partidárias. O partido liderado por Merkel – a União Democrática Cristã, CDU na sigla original – é um dos maiores opositores à alteração da lei do casamento por pessoas do mesmo sexo no país.

Foi no decorrer de um evento organizado pela revista alemã Brigitte que Merkel afirmou que o voto deve ser feito de forma livre. Segundo o The Guardian, a chanceler acredita que o debate deve ser feito com base num “voto de consciência”, independentemente das crenças partidárias dos deputados.

A possibilidade de uma votação em que a orientação partidária não intervenha na decisão abre novas possibilidades para a legalização do casamento homossexual. A Alemanha é um dos países europeus que ainda não legalizaram o casamento de pessoas do mesmo sexo, reconhecendo apenas a união civil desde 2011.

Os Sociais-Democratas (SPD), os Verdes e o partido Liberal Democrata são os principais defensores da legalização do casamento homossexual. Martin Schulz, candidato a chanceler pelo SPD, desafiou a chanceler para que a votação seja realizada brevemente, sublinhando que esta "pode ser feita ainda esta semana”, lê-se no Washington Post.

O responsável parlamentar da CDU, Michael Grosse-Brömer, afirmou ao Guardian que não esperava que a votação decorresse antes das eleições, alertando para os riscos de tomar uma decisão "apressada".

Alex Hochrein, um dos membros da Federação Alemã dos Homossexuais, aplaudiu a decisão da chanceler.

Em 2013, no decorrer da sua campanha eleitoral, a chanceler alemã manifestou as suas preocupações quanto ao casamento homossexual, questionando se isso seria saudável para as crianças. A três meses das eleições, Angela Merkel reconsiderou a sua posição sobre o assunto.

Durante o evento, a chanceler contou à editora da revista Brigitte que mudou de opinião após visitar um casal homossexual que adoptou oito crianças. Caso vença as eleições, este será o quarto mandato de Angela Merkel na liderança do país.

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