O conteúdo de uma pequena lata de gás pimenta terá sido responsável por uma paralisação de mais de uma hora no aeroporto de Hamburgo, norte da Alemanha,, com 68 pessoas a receber assistência médica, tráfego aéreo paralisado, o terminal evacuado e centenas de passageiros a esperar ao frio que a situação fosse controlada.

Os bombeiros excluíram rapidamente que se tratasse de um atentado terrorista e as hipóteses iam entre falta de cuidado a uma partida. Certo é que foi encontrada uma lata de gás pimenta – legal e disponível na Alemanha – perto do ar condicionado.

Provavelmente, dizem os bombeiros, tratou-se de uma lata de gás primenta ou outra substância irritante, deitada fora por um passageiro antes de fazer a bagagem passar pelo controlo, que terá ficado perto do ar condicionado e assim algum gás ainda na lata foi distribuído pelo sistema de climatização. Poderá ter sido uma partida, antecipam.

Tudo começou na zona de controlo de bagagens e de passageiros, quando se começou a sentir um cheiro forte e algumas pessoas se queixaram de tosse e ardor nos olhos, disse um porta-voz da polícia citado pela televisão pública ZDF. O local foi evacuado e o tráfego aéreo temporariamente suspenso.

Uma hora depois, cerca das 13h de Lisboa, os bombeiros permitiram o regresso de passageiros e tripulação a uma parte do interior do terminal, para que não estivessem no exterior expostos ao frio. Pouco depois, abriam todo o terminal, declarando a situação normalizada.

As 68 pessoas afectadas foram assistidas por serviços de emergência médica no local e seis entre elas necessitaram de tratamento hospitalar.

Apesar do susto, tudo decorreu com ordem, quer na evacuação, quer no regresso ao terminal, e os passageiros elogiavam as forças de segurança.

Entre os muitos passageiros afectados, a imprensa alemã destaca o Presidente do Uruguai, Tabaré Ramón Vázquez Rosas, que teve de esperar pacientemente até que o seu avião descolasse.