Câmara do Porto alarga estacionamento pago a novas ruas da cidade

Ruas da Constituição, da Alegria ou de Antero de Quental passam a integrar as zonas de estacionamento de duração limitada, em que é preciso pagar para estacionar.

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A Rua da Constituição é uma das que vão passar a ter estacionamento pago. Jorge Silva

A Câmara do Porto quer alargar, já no último trimestre deste ano, as zonas de estacionamento pago à superfície na cidade. Artérias como a Avenida Fernão Magalhães, a Praça do Dr. Francisco Sá Carneiro, as ruas da Constituição ou de Antero de Quental vão passar a integrar as zonas de estacionamento de duração limitada (ZLED) e, como já acontece nas outras vias abrangidas por este sistema, os residentes que queiram continuar a estacionar nos lugares que passarão a ser pagos podem pedir uma avença de residente que só começará a ser cobrada no início de 2017.

Desde a apresentação da proposta de concessão do estacionamento pago na via pública que se sabia que após uma primeira fase já implementada, a autarquia iria aumentar, progressivamente, as vias abrangidas por esta medida, transformando zonas onde se podia estacionar de forma gratuita em ZLED’s, sujeitas ao respectivo pagamento e fiscalização. Na proposta agendada para a reunião do executivo da próxima terça-feira, assinada pela vereadora da Mobilidade, Cristina Pimentel, explica-se que “sendo o processo de definição das zonas de estacionamento pago um processo contínuo, a implementação de novos arruamentos com lugares de estacionamento pago pode acontecer em qualquer período do ano”. E – acrescenta-se – “o município desencadeou um novo plano de expansão cujo início de operação está previsto para o último trimestre de 2016.

A lista dos novos arruamentos afectados por esta medida está anexa à proposta a que o PÚBLICO teve acesso e abrange mais de 20 artérias. Na designada Zona 15 – Campo 24 de Agosto, será preciso pagar para estacionar nas ruas Coelho Neto, Ferreira Cardoso, Barão de S. Cosme, Conde Ferreira, Duque da Terceira, Saldanha e Morgado de Mateus. Quem quiser estacionar na Avenida de Fernão Magalhães, na Rua da Alegria, na Alameda Eça de Queirós ou na Praça do Dr. Francisco Sá Carneiro (mais conhecida como Praça Velasquez) também terá de pagar. E o mesmo irá acontecer nas ruas da Constituição, Álvaro Castelões, Bolama, Visconde de Setúbal, S. Brás, Antero de Quental, Cantor Zeca Afonso e Calouste Gulbenkian. Também a Travessa de Antero de Quental e a Praça Artur Santos passarão a ser ZLED’s.

Na proposta que deverá levar ao executivo, Cristina Pimentel reconhece que será necessário “um período de tempo para a adaptação à novidade quotidiana, nomeadamente para permitir encontrar soluções de aparcamento para os veículos dos residentes até então livremente aparcados nos arruamentos”. A medida recomendada pela vereadora da Mobilidade é a isenção do pagamento das avenças de residentes, para este ano, aos moradores que as peçam e vejam os respectivos pedidos aprovados “no montante global estimado de 19 mil euros”.

Na primeira reunião do executivo depois do período de férias, a vereação deverá ainda aprovar uma proposta para que a gestão do Invesurb – Fundo Especial de Investimento Imobiliário Fechado passe a ser feita pela FundBox – Sociedade Gestora de Fundos Imobiliários, S.A., que ficará com a posição até agora detida pela Gesfimo – Espírito Santo Irmãos, Sociedade Gestora de Fundos Imobiliários, S.A..

A proposta assinada pelo presidente Rui Moreira detalha que a Gesfimo “em sede de execução do contrato apresentou uma proposta de um aumento da sua comissão de gestão que representa um aumento de 66% face à comissão actualmente cobrada”. Um aumento que o município e os restantes participantes no fundo que gere o processo do Bairro do Aleixo consideraram “excessivo”, o que levou a Gesfimo a disponibilizar-se para “ser substituída” como entidade gestora.

O documento refere ainda que “independentemente da validade ou não do aumento da comissão de gestão proposto pela Gesfimo”, o município considera ser “útil à prossecução do interesse público” autorizar a cedência de posição daquela entidade à Fundbox, “tendo em conta o longo histórico de vicissitudes sofridas ao longo da execução deste contrato”.

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