Bayern teve uma noite mais tranquila que o Real na Liga dos Campeões

Espanhóis e alemães bem colocados para seguirem em frente na liga milionária, após triunfos, respectivamente, sobre Nápoles e Arsenal

Foto
Benzema marcou o primeiro golo do Real Madrid JUANJO MARTIN/EPA

Com mais ou menos percalços, Real Madrid e Bayern Munique ficaram nesta quarta-feira mais perto de se qualificarem para os quartos-de-final da Liga dos Campeões, depois de triunfos caseiros, respectivamente, sobre o Nápoles (3-1) e o Arsenal (5-1). Mais margem de manobra terão os bávaros para o jogo da segunda mão no Emirates a 7 de Março, enquanto o embate no San Paolo entre “merengues” e napolitanos (também a 7 de Março) terá um grau de competitividade maior, até porque os italianos tem grande capacidade ofensiva e já se sabe que o Real não é das equipas mais seguras no que à defesa diz respeito.

Diago Armando Maradona foi ao Santiago Bernabéu para ver o “seu” Nápoles e deve ter ficado satisfeito com o que viu nos primeiros minutos. Logo aos 9’, o Nápoles colocou-se em vantagem. Marek Hamsik viu bem um buraco na defesa do Real, colocou a bola nos pés de Lorenzo Insigne, que viu bem o mau posicionamento de Keylor Navas, e, de fora da área, fez o 0-1. O guarda-redes costa-riquenho estava demasiado adiantado no momento do remate e ficou praticamente sem reacção.

Já não era a primeira vez que o Real se via a perder no Bernabéu para a Champions esta época (aconteceu, por exemplo, frente ao Sporting), mas, tal como sucedeu dessa vez (e de outras), soube reagir com propriedade. Aos 19’, um grande cruzamento de trivela de Dani Carvajal encontrou a cabeça de Karim Benzema e o francês, nas costas de Raul Albiol, fez o empate. A reviravolta podia ter acontecido ainda na primeira parte (o Real teve oportunidades para isso), mas só na segunda parte é que aconteceu.

Logo aos 49’, Ronaldo ganhou uma bola dividida no flanco direito, fez o passe atrasado para Toni Kroos e o alemão, de primeira, fez o 2-1, num remate sem quaisquer hipóteses para Pepe Reina. Aos 54’, Casemiro, também de fora da área, fez o 3-1. O Nápoles ainda andou perto de reduzir, mas não conseguiu amenizar a desvantagem que vai ter de ultrapassar no jogo da segunda mão.

Goleada em Munique

Sem Renato Sanches (nem no banco esteve), o Bayern Munique desfez o Arsenal, adivinhando-se um desfecho da eliminatória semelhante ao que aconteceu em 2005, 2013 e 2014 — os anos em que o Bayern eliminou o Arsenal na Champions. E o Arsenal tem poucos exemplos históricos de recuperação após derrotas por quatro golos de diferença aos quais se agarrar (e nenhum foi na Liga dos Campeões).

Aconteceu em 1961-62, na primeira eliminatória da Taça das Taças, em que o Leixões conseguiu ultrapassar uma derrota inicial por 6-2 frente aos suíços do La Chaux-de-Fonds com um triunfo por 5-0 em Matosinhos. Aconteceu também com o Partizan frente ao QPR na segunda ronda da Taça UEFA em 1984-85, que anulou uma derrota por 6-2 com um 4-0. Em 1985-86, na terceira ronda da Taça UEFA, o Real Madrid ganhou 4-0 ao Borussia Moenchengladbach e seguiu em frente, depois de perder o primeiro jogo por 5-1.

Um magnífico pontapé de Arjen Robben, logo aos 9’, abriu a contagem para os homens de Carlo Ancelotti, mas o Arsenal ainda nivelou o jogo aos 30’. Lewandowski jogou a bola com a mão na área do Bayern, o árbitro assinalou penálti, e Alexis Sanchez lá meteu a bola na baliza, depois de Neuer ter defendido o primeiro remate do chileno (que também falhou a primeira recarga).

Depois do equilíbrio na primeira parte, a equipa de Carlo Ancelotti carregou e desfez quase todas as dúvidas sobre quem irá seguir em frente. Lewandowski redimiu-se do penálti feito na primeira parte com um golo aos 53’ e uma assistência de calcanhar aos 56’ para Thiago Alcântara fazer o 3-1. O internacional espanhol de origem brasileira fez o seu segundo do jogo aos 63’ e Thomal Müller, aos 88’, fechou a contagem. Com esta goleada, o Bayern fica mais próximo do seu sexto apuramento consecutivo para os quartos-de-final da Champions, enquanto o Arsenal está à beira de se ficar pelos “oitavos” pela sétima época seguida.

Sugerir correcção
Comentar