Atlético de Madrid à porta de um clube restrito

Equipa de Diego Simeone procura em Munique fechar fase de grupos imaculada. Primeiro lugar no Grupo A para decidir entre Paris Saint-Germain e Arsenal, que jogam frente a Ludogorets e Basileia, respectivamente

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Diego Simeone pode levar o Atlético de Madrid a um registo inédito para os "colchoneros" AFP/CHRISTOF STACHE

Na derradeira jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões, os pontos de interrogação só subsistem no Grupo B: é o único onde ainda não estão atribuídas as duas vagas nos oitavos-de-final, com Nápoles e Besiktas na luta com o Benfica pelo acesso à próxima fase da prova. Mas isso não significa que faltem motivos de interesse – o Atlético de Madrid que o diga, porque na visita ao Bayern Munique vai lutar pelo acesso a um clube muito restrito do futebol europeu.

A equipa de Diego Simeone já garantiu a primeira posição e os bávaros já sabem que vão apurar-se em segundo lugar. Mas, para os “colchoneros”, está em causa terminar esta fase de grupos com um percurso imaculado: o Atlético de Madrid tem cinco vitórias em outras tantas partidas no Grupo D e procura o derradeiro triunfo que assegure o pleno. Seria apenas o sexto emblema a consegui-lo desde que a Liga dos Campeões adoptou o actual formato, em 1992-93. O Real Madrid é o único a fazê-lo duas vezes (2014-15 e 2011-12), para além de Barcelona (2002-03), Spartak Moscovo (1995-96), Paris Saint-Germain (1994-95) e Milan (1992-93).

“Chegar a este jogo com as perspectivas que temos é sempre melhor que estar a disputar o primeiro ou segundo lugar. As vitórias na Holanda e na Rússia deram-nos a oportunidade de fechar a qualificação com os triunfos em casa. A importância deste jogo é dada pela excelência do rival. Por vezes, o orgulho conta mais do que os pontos”, alertou Diego Simeone. “O Bayern é um clube muito competitivo, com uma equipa forte. São capazes de adaptar-se a diferentes sistemas, como fizeram primeiro com Guardiola e agora com Ancelotti”, acrescentou.

Após uma surpreendente derrota na visita ao Rostov, o Bayern já sabe que terá de conformar-se com o segundo lugar no grupo. “Não alcançámos aquilo que esperávamos, que era terminar em primeiro, mas queremos fazer uma boa exibição contra o Atlético. Nem sempre estivemos ao nosso melhor nível esta época. A partir daqui temos de jogar muito melhor, porque a exigência será mais elevada”, sublinhou o treinador italiano dos bávaros.

No outro jogo do Grupo D, o PSV Eindhoven está obrigado a ganhar ao Rostov se quiser arrebatar aos russos o terceiro lugar e correspondente acesso à Liga Europa.

A classificação está mais do que fechada no Grupo C: o Barcelona, que será primeiro, recebe o Borussia Mönchengladbach, que já não fará melhor do que o terceiro e vai seguir para a Liga Europa. E o Manchester City, que termina em segundo, defronta o Celtic, irremediavelmente último classificado.

Há história à espreita no Grupo A, onde o Ludogorets pode tornar-se no primeiro emblema búlgaro a “sobreviver” à fase de grupos – a equipa de Georgi Dermendzhiev ambiciona seguir para a Liga Europa, mas isso será uma missão espinhosa. O Ludogorets visita o Paris Saint-Germain, que disputa o primeiro lugar directamente com o Arsenal (desloca-se a Basileia), e tem no mínimo de fazer o mesmo resultado dos suíços para assegurar o terceiro posto. No topo, os londrinos têm de fazer um resultado melhor do que o PSG para arrebatarem a liderança. “A vantagem de ser primeiro é jogar a segunda mão [dos oitavos-de-final] em casa, porque se houver prolongamento temos mais 30 minutos em casa”, resumiu Arsène Wenger.

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