Digressão dos U2 arrecada 517 milhões de euros e é a mais rentável de sempre

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A 360º tour ficou marcada pela enorme estrutura do palco que os U2 apresentaram Reuters

É a digressão mais rentável da história da música. A 360º Tour, que em 2010 passou por Portugal, superou as expectativas e estabeleceu um novo recorde, deixando para trás os Rolling Stones que entre 2005 e 2007 voltaram aos palcos, arrecadando 392 milhões de euros. Nos últimos 26 meses, os irlandeses apresentaram-se em 30 países, conseguindo um valor recorde de 517 milhões de euros.

Os números foram revelados esta terça-feira pela Live Nation Entertainment, promotora da digressão. Ao longo dos últimos dois anos, nos cinco continentes, os U2 esgotaram estádios e foram acrescentando novas datas ao calendário, devido à grande procura. Em Portugal, a banda irlandesa passou por Coimbra em Outubro de 2010 para dois concertos, que esgotaram meses antes do espectáculo. A promotora estima, com base nos bilhetes vendidos, que a digressão teve no total mais de 7,1 de milhões de espectadores.

A digressão começou a 30 de Junho de 2009 em Barcelona, apenas cinco dias depois da morte de Michael Jackson, a quem a banda dedicou o concerto, prolongando-se até ao dia 30 de Julho de 2011, onde os U2 subiram ao palco em Moncton, no Canadá. Entre estas duas datas, a banda deu nem mais nem menos que 110 concertos.

Na Europa a passagem dos U2 ficou marcada pela estreia Rússia e na Turquia, seguindo depois para a Austrália e a Nova Zelândia. Em 2011, a banda liderada por Bono viajou até à África do Sul para dois concertos, em Cape Town e Joanesburgo, durante o Campeonato do Mundo de Futebol. No Brasil, os irlandeses deram três concertos em São Paulo, todos esgotados, e tiveram a maior audiência de sempre num concerto no México, onde 108.800 mil pessoas foram ao Estádio Azteca.

A digressão 360º foi uma das maiores de sempre da banda, envolvendo uma enorme logística em torno de cada concerto. O cenário era constituído por uma imensa estrutura metálica em forma de aranha, apelidada pelos fãs de “The claw” (“A garra”), que media 50 metros e pesava 390 toneladas. Cada preparação do concerto envolvia cerca de 50 camiões e centenas de trabalhadores.

Ao longo de dois anos, em palco os U2 prestaram não só homenagens a Michael Jackson como a Aung San Suu Kyi, a opositora birmanesa, e entraram em contacto com os astronautas da Estação Espacial Internacional, para uma pequena conversa sobre a necessidade de defender o planeta.

Bono teve ainda uma lesão nas costas que o obrigou a ser operado de urgência e a adiar alguns concertos, mais tarde concretizados, como aconteceu com o Glastonbury, no Reino Unido. Os U2 eram os cabeças de cartaz do festival inglês em 2010 mas apenas actuaram este ano.

“Esta digressão foi um sucesso brilhante a todos os níveis e todos os envolvidos devem ficar extremamente orgulhosos. Os U2 mais uma vez estabeleceram um novo padrão de realização, talvez para sempre”, disse em comunicado, Arthur Fogel, um dos responsáveis da Live Nation.

A par dos concertos, os U2 são uma das bandas mais bem-sucedidas de sempre, com 12 álbuns de estúdio gravados e mais de 150 milhões de discos vendidos em todo o mundo, somando ainda 22 prémios Grammy.

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