Clinton deve admitir que deu falsos testemunhos no «caso Lewinsky»

Foto
O caso entre Clinton e a estagiária da Casa Branca quase conduziu à impugnação do Presidente DR

O Presidente norte-americano cessante, Bill Clinton, deve admitir que forneceu testemunhos enganadores sobre a sua relação com a antiga estagiária da Casa Branca Monica Lewinsky. Em troca, Clinton não será acusado criminalmente depois de abandonar o cargo, anunciaram hoje fontes próximas do processo.

Segundo as fontes, não identificadas pela Reuters, o procurador Robert Ray, que tem considerado a hipótese de acusar criminalmente Clinton por mentira e obstrução da justiça, terminará a sua investigação, como parte de um acordo em que o ainda chefe de Estado confessará ter dado falsos testemunhos acerca da sua relação com Monica Lewinsky quando questionado no caso do assédio sexual a Paula Jones. Ainda como parte do processo, que, segundo as fontes, será anunciado amanhã, dia em que Clinton abandona a Casa Branca, o Presidente aceitará ainda a suspensão da sua licença para exercer advocacia no estado do Arkansas.
Os relatórios do antecessor de Robert Ray, Kenneth Starr, que começou a investigação do "caso Lewinsky", conduziram à impugnação de Clinton pela Câmara dos Representantes, em Dezembro de 1998, sob acusações de perjúrio e obstrução da justiça. O Senado ilibou Clinton em Fevereiro de 1999.
No Verão passado, Robert Ray reuniu um grande júri federal para avaliar a hipótese de acusar Clinton, depois da sua saída da Casa Branca. Até hoje, nenhum Presidente norte-americano foi indiciado criminalmente.
O porta-voz da Casa Branca Jake Siewert afirmou que Clinton deseja pôr um fim ao "caso Lewinsky". Quanto às informações reveladas pelas fontes não identificadas, o porta-voz apenas disse que a Casa Branca emitirá um comunicado às 14h00 locais (19h00 em Lisboa). O gabinete do procurador deverá fazer declarações pouco depois, segundo um porta-voz de Robert Ray.
Clinton afirmou que não aceitaria ou sequer pediria um indulto ao próximo Presidente, George W. Bush.

Sugerir correcção
Comentar