Um israelita ficou hoje ferido quando morteiros, aparentemente disparados por palestinianos, atingiram um colonato situado na Faixa de Gaza. Outros três obuses caíram também esta tarde em território israelita, nas proximidades dos territórios ocupados.

De acordo com o Exércitob, o israelita ferido reside no colonato de Neve Dekalim, alvejado esta tarde por três obuses, na mesma altura em que outros três morteiros caíam em território israelita, perto do "kibutz" (comuna agrícola) de Kfar Gaza, não fazendo vítimas ou danos materiais.Por seu lado, responsáveis dos serviços de segurança palestinianos adiantaram que o Exército israelita disparou três morteiros e várias rajadas de metralhadora na direcção de um grupo de palestinianos armados que se escondiam num cemitério situado perto de Neve Dekalim.

Um porta-voz do Exército israelita, contactado pela AFP, recusou-se a comentar o ataque com "rockets" de helicópteros israelitas, ocorrido esta manhã, contra a cidade de Jenin, no Norte da Cisjordânia. Os disparos provocaram a morte de um polícia palestiniano e de um responsável da Fatah - a facção maioritária da Organização de Libertação da Palestina (OLP), chefiada por Yasser Arafat - e ferimentos em pelo menos 13 pessoas.A rádio militar israelita, citando responsáveis do Exército, afirmou que Motassem Sabagh, bem como dois outros membros do braço armado da Fatah, a Tanzim, que se encontravam na mesma viatura no momento do ataque, eram suspeitos de estar a preparar ataques com morteiros contra os colonatos vizinhos de Kadin e Ganin.
De acordo com a rádio militar, os três activistas palestinianos eram igualmente responsáveis por vários disparos contra colonatos e estariam a preparar atentados à bomba contra soldados e colonos israelitas na região de Jenin.
A outra vítima deste ataque - uma nova prova de força das autoridades israelitas, depois das recentes invasões do Exército israelita em territórios sob controlo total palestiniano - foi um polícia palestiniano, de 21 anos, que se encontrava junto à viatura bombardeada.
De acordo com a AFP, Motassem Sabagh era igualmente o chefe das brigadas al-Aqsa (nome da principal mesquita de Jerusalém e também nome simbólico da nova Intifada, uma vez que a revolta palestiniana recomeçou na sequência de uma visita do agora primeiro-ministro israelita, Ariel Sharon, ao Pátio das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do Islão, onde se encontra este templo muçulmano) em Jenin. Este grupo reivindicou uma série de atentados levados a cabo desde Setembro contra as forças israelitas.