A democracia que morre nas areias de Gaza
O que se passa hoje só nos autoriza a mesma certeza que tivemos em Srebrenica, em Bucha ou nos horrores de qualquer limpeza étnica, no Ruanda ou na Birmânia: Israel tornou-se um Estado terrorista.
Já se disse muito, mas ainda há mais a dizer sobre os crimes que Israel está a cometer na Faixa de Gaza contra a população civil palestiniana. Houve um começo em que fazia sentido esticar os limites da ética para acolher a represália sobre um território até há pouco controlado pelos terroristas do Hamas. Houve um momento de dúvida. Tudo isso se esgotou. A discussão sobre o lugar da lucidez e do ódio, as dúvidas sobre a legitimidade e a barbárie a condescendência para os exageros e os abusos inerentes à guerra deixaram de fazer sentido. O que se passa hoje nas areias de Gaza só nos autoriza a mesma certeza que tivemos em Srebrenica, em Bucha ou nos horrores de qualquer limpeza étnica, no Ruanda ou na Birmânia: Israel tornou-se um Estado terrorista que ameaça a paz mundial, os direitos humanos e os valores da democracia.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.