Para lá do estereótipo, a violência doméstica não escolhe estatuto nem idade

Há uma “colisão” entre a imagem estereotipada da vítima de violência doméstica — cabisbaixa e submissa — e vítimas bem-sucedidas profissionalmente. Jurista da UMAR explica que crime é “transversal”.

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A violência doméstica é "transversal e ataca todas as camadas sociais, idades e profissões" Manuel Roberto
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Ainda há um estereótipo da vítima de violência doméstica — cabisbaixa, submissa e com idade pouco avançada. Se for muito velha, a tendência é apontar uma falta de capacidades mentais — “há uma condescendência com a idade”, explica Ariana Pinto Correia, psicóloga especializada em violência doméstica e de género. As vítimas que são muito bem-sucedidas nas suas áreas também podem ser “descredibilizadas” por isso. “Muitas vezes há uma performance, mentem diariamente porque têm vergonha do que está a acontecer”, esclarece a psicóloga.

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