Pinto da Costa: momento da equipa “não tem influência” nas eleições do FC Porto

Presidente do clube e candidato a novo mandato sugere que as arbitragens dos jogos do clube mudaram desde que Villas-Boas entrou na corrida à presidência.

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Pinto da Costa Paulo Pimenta
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Até que ponto o actual momento da equipa de futebol poderá ter impacto no resultado das eleições para os órgãos sociais do FC Porto? Esta foi uma das perguntas colocadas a Pinto da Costa, presidente do clube que volta a candidatar-se ao cargo, e a resposta foi imediata: "Não tem qualquer influência". Em entrevista à SIC, o dirigente abordou a derrota com o Estoril e a concorrência directa ao acto eleitoral marcado para 27 de Abril.

A recente derrota diante do Estoril (a terceira na presente temporada) deixou o FC Porto a 10 pontos do primeiro lugar e a nove do segundo, decisivo para as contas de acesso à Liga dos Campeões na próxima época. Pinto da Costa admite que o título é uma miragem e coloca a tónica noutro objectivo: "Temos que ser realistas, em termos de título, estamos praticamente fora da corrida. Não vamos estar a inventar. Mas há mais coisas para ganhar, temos uma Taça de Portugal que pretendemos vencer e temos já um jogo com o Vitória que está num bom momento."

Esse jogo de sábado passado, de resto, motivou fortes críticas do presidente do clube à arbitragem, e nesta segunda-feira Pinto da Costa aproveitou para sugerir uma relação entre as prestações dos árbitros e a candidatura do principal adversário nas eleições.

"Há coisa curiosa: a partir do momento que apareceu uma candidatura, a do André Villas-Boas, a arbitragem mudou. Tivemos no Bessa a primeira sonegação de pontos, com penálti escandaloso sobre Eustáquio, árbitros Manuel Oliveira e VAR Rui Costa também do Porto, a partir daí foi uma sucessão de erros. No Rio Ave houve penálti, VAR não lhe mostra imagens completas, em Arouca o árbitro não vê penálti e aceito que não tenha visto, mas o VAR não pode deixar de intervir".

Entre mais críticas a António Nobre, árbitro do Estoril-FC Porto - "Foi um indivíduo que uns dias antes, em Madrid, teve uma actuação desprestigiante para a arbitragem portuguesa" - e justificações para a reacção intempestiva de vários jogadores - "Isso altera o sistema nervoso de qualquer pessoa" -, Pinto da Costa voltou a aproveitar o momento para visar André Villas-Boas, acusando-o de "dividir os sócios".

"Acho que ele foi empurrado para isto por quem tem outros interesses. Alguma vez o Joaquim Oliveira foi amigo do André? São os interesses televisivos... A Olivedesportos pagava 15 ou 17 milhões de euros e passámos a 45 milhões. E quando passámos a isso, a oferta da NOS era de 39", adiantou.

Mostrando-se satisfeito com a prestação do FC Porto na Champions - "Este ano, se não era a cena dos penáltis [contra o Arsenal], acho que iríamos à final" -, afastou a ideia de que o afastamento do título possa ter impacto nas eleições de dia 27, às quais concorrem também André Villas-Boas e Nuno Lobo.

"Entendo que não. O futebol tem condicionantes, todos viram a forma como perdemos, as razões porque perdemos [no Estoril]. Não tem qualquer influência. A equipa está bem, está forte e tenho a certeza que vai reagir e mostra o seu real valor já em Guimarães. Não estou preocupado."

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