Videoclipe de Desdita anuncia para esta sexta-feira novo álbum de Joana Alegre, Luas

Sexto videoclipe de Luas, o anunciado novo álbum da cantora e compositora Joana Alegre, Desdita estreia-se esta quinta-feira a poucas horas da publicação do álbum, que ficará disponível nas plataformas digitais a partir das 0h00 de sexta-feira. Sucessor de Centro (2021), álbum com o qual Joana Alegre quis sublinhar o papel da música na sua vida, Luas “gira em torno do ciclo da Lua e cada canção espelha uma das oito fases lunares”, segundo a cantora num texto que acompanha o lançamento. Assim: Início, gravada com Emmy Curl (Lua Nova), Lógica astral (Crescente), Ciclotímica (Quarto Crescente), Copo cheio, com Mikkel Solnado (Crescente Gibosa), Rosa carne (Lua Cheia), (Minguante Gibosa), Perfeita, com Elisa Rodrigues (Quarto Minguante) e, por fim, Desdita (Minguante).

O videoclipe de Desdita, que sucede aos videoclipes de , Ciclotímica, Rosa carne, Copo cheio (publicados entre Abril e Setembro de 2023) e Lógica astral (já em 2024), foi realizado por Luís Água e Pedro Ivan. O que é a Desdita? Joana responde: A Desdita sou eu e simultaneamente o arquétipo de algo transversal a muitas mulheres. Vem da sensação antiga de uma inadequação existencial que tem de romper por algum lado contra os papéis de género impostos e outros tipos de pressão social”, acrescentando que a compôs e cantou “assumindo essa maldição de quem sente que nunca está bem como é”: “A associação ao sofrimento e espiritualidade das work songs (canções de trabalho) foi imediata e quis trazer a força da sua crueza e ritmos, numa roupagem mais electrónica e neo-ethnic.”

Quanto ao disco Lua, Joana Alegre explica-o em comparação com o anterior: “Enquanto o álbum Centro foi de encontro e acerto, Luas espelha o desacerto e ganhou forma numa fase criativa mais nocturna, reflectindo a mutabilidade que, acredito, nos toca a todos. Ninguém está sempre igual e sereno, todos somos criaturas de fases, de altos e baixos. Ultimamente tenho sentido muito essa natureza cíclica e explorei-a na minha música para me ajudar a traduzir esta conjuntura e tirar algum sentido, reforçando a perspectiva de mulher, artista e mãe neste mundo que se tem vindo a revelar cada vez mais inquietante.”