Sporting frente à Atalanta: aguentar e não quebrar

Depois do empate em Alvalade, “leões” discutem a passagem aos quartos-de-final da Liga Europa com a equipa de Bérgamo. Morita é baixa de última hora.

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Rúben Amorim, treinador do Sporting EPA/ANTÓNIO COtrim
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Já há mais de um mês que o Sporting está em fase de tudo em todo o lado e ao mesmo tempo. Já não é a primeira vez na época, mas a continuidade nesta condição mostra que as coisas não estão a correr nada mal ao “leão”. Só a Taça da Liga é que não levou até ao fim, mas a equipa de Rúben Amorim vai segurando o primeiro lugar no campeonato e está em vantagem nas meias-finais da Taça de Portugal. Quanto à Liga Europa, saberemos nesta quinta-feira até onde irá a resistência do Sporting, que reencontra a Alalanta, em Bérgamo (20h, SIC), por um lugar nos quartos-de-final, depois de um empate (1-1) em Alvalade que deixou tudo em aberto.

Este será o quarto embate dos “leões” com a equipa de Gian Piero Gasperini e nenhum dos três anteriores correu propriamente bem. Na fase de grupos da competição, derrota em Alvalade (1-2) e empate em Itália (1-1), na primeira mão destes oitavos-de-final, novo empate e a admissão por parte de Rúben Amorim que foi um jogo “mais de sobreviver do que viver”. Como será no regresso a Bérgamo? Como os golos fora já não contam para o desempate, bastará ao Sporting aguentar o empate durante 120 e tentar a sua sorte nos penáltis. Mas a vitória será sempre desejável sem prolongamento (para ter menos 30 minutos nas pernas) e Amorim acha que à quarta será de vez.

“Acho que é desta que vamos ganhar”, resumiu o técnico sportinguista, garantindo que a sua equipa está mais bem preparada do que estava há uma semana. “No último jogo, nos primeiros 20 minutos, quando fizemos o golo, estivemos bem. Temos de nos agarrar a esses momentos. Quantos mais jogos temos, mais entendemos o jogo, estamos mais bem preparados do que há uma semana”, assinalou Amorim.

E qual é a chave para ganhar à Atalanta? “Temos de ser corajosos desde o início. Eles vão entrar a pressionar, temos de fazer o mesmo, temos de ter a bola do nosso lado. Vamos tentar igualar a intensidade”, referiu Amorim, revelando que Gasperini, que está na Atalanta há oito anos, lhe faz lembrar um certo treinador que teve durante muito tempo – e nem precisou de dizer o nome para se perceber que estava a falar de Jorge Jesus.

“Já o acompanho há muito tempo, mete muitos jogadores à volta do campo e menos no centro para ser mais difícil a meter pressão. A forma de estar faz lembrar um treinador que tive durante muito tempo, impõe uma intensidade muito grande. E também sou um bocadinho assim.”

Este será o 42.º jogo da temporada, sendo que, só neste momento mais apertado da temporada, os “leões” irão ter em Bérgamo o 11.º em 37 dias e ainda terão mais um (em casa com o Boavista) antes da pausa FIFA. Haverá gestão de recursos, mas Amorim não elabora sobre o “onze”, reforçando que esta estratégia não significa dar prioridade a uma competição e esquecer as outras. É para tentar ganhar todos os jogos.

“É a única maneira de ganhar os jogos todos. Em caso de dúvida, o campeonato é a prioridade. Mas são dois meses, acho que aguentamos dois meses. Com a ilusão que temos de ganhar as competições, o cansaço é posto de lado. Depois logo vemos quem está recuperado para o próximo jogo porque a minha prioridade é manter o grupo todo saudável. Vai jogar a equipa que eu entendo que pode ganhar.”

Uma ausência garantida é a de Morita. O médio japonês ainda fez a viagem até ao aeroporto, mas não seguiu com a equipa para Bérgamo. “Tentámos ao máximo trazer o Morita, fizemos uma avaliação no autocarro. Parece gripe e não quisemos arriscar a saúde do Morita e de toda a gente”, revelou. Talvez Daniel Bragança seja o escolhido para o lugar do japonês, ou poderá, de novo, avançar Koba Koindredi para a posição, ele que se estreou a titular no jogo da primeira mão.

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