O homem que escrevia esquisito
“Aickmanesco” nunca ganhou tracção suficiente para vingar como adjectivo, em parte porque o escritor de quem deriva – Robert Aickman – nunca conseguiu emancipar-se de vários subguetos.
Não são muitos os autores cujos nomes se transformam em adjectivos; é um dos mais exclusivos clubes literários. Alguns requisitos parecem ser inegociáveis: um certo nível de popularidade, que torne o adjectivo reconhecível e decifrável, mesmo para quem nunca leu o autor; e a obra em si precisa de uma certa coerência temática ou atmosférica, que descreva (ou se sinta que descreva) com suficiente acuidade uma qualquer parte duradoura do mundo visível.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.