Há cada vez mais gente a consumir droga às claras nas ruas da Mouraria
Moradores falam em situação “insustentável”. Fenómeno ganha também expressão entre migrantes asiáticos, muitos sem trabalho. “Alguns passam fome”, alerta associação que ajuda consumidores.
Ao brincar com os filhos junto ao parque infantil do Jardim da Cerca da Graça, localizado entre os bairros lisboetas da Graça e da Mouraria, Miguel Marques confrontou-se com o inesperado. “Estava a tentar libertar uma bola que tinha ficado presa numa árvore. Atirei uma pedra e ela foi para um canteiro. Fui buscá-la e, ao afastar os arbustos, de repente, estava ali uma seringa ensanguentada. Só por acaso, não me piquei”, descreve o morador da Graça, com 48 anos e pai de dois filhos menores. Foi como que o despertar para a realidade do consumo de drogas na via pública na Mouraria. A cena passou-se há cerca de dois anos e, de lá para cá, o cenário tem-se agudizado naquela zona da cidade, garantem Miguel e outros moradores ouvidos pelo PÚBLICO.
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