Rússia ameaçou abater aviões de patrulha franceses no mar Negro

Ministro francês da Defesa diz que Rússia já não está apenas a travar guerra na frente militar na Ucrânia, mas tem também recorrido a “ameaças e sabotagens”.

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Navio ucraniano em patrulha no mar Negro Reuters/THOMAS PETER
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A Rússia terá ameaçado abater aviões franceses que estavam em patrulha no mar Negro no mês passado, revelou nesta quinta-feira Sébastien Lecornu, ministro francês da Defesa, à RTL, que afirmou que a Rússia já não está a travar esta guerra apenas na frente militar contra a Ucrânia, mas tem também recorrido a "ameaças e sabotagens" noutras geografias.

"O comportamento da Rússia em 2024 já não é o mesmo que vimos em 2022. Isto pode ser explicado pelo facto de a Rússia estar em dificuldades no campo de batalha na Ucrânia. Há um mês, um sistema de controlo russo ameaçou abater aviões franceses no mar Negro. Vemos o retorno de um posicionamento russo particularmente agressivo. A Rússia joga com os limiares de agressividade", referiu o ministro em entrevista àquela rádio francesa.

Questionado sobre se a França continuará a apoiar a Ucrânia, Lecornu reiterou o apoio do Governo francês, mas admitiu que esta posição pode fazer do país (e da Europa) um alvo nas eleições europeias que se aproximam. “Pode haver uma vontade de disseminar conteúdos falsos, ou mesmo uma tentativa de aproximação (do Kremlin) aos candidatos”, especificou o ministro.

Ainda nesta quarta-feira, o secretário-geral da NATO reconheceu que a situação militar na Ucrânia é "extremamente difícil", mas considerou positivos os esforços "no valor de milhares de milhões de euros" para apoiá-la.

Stoltenberg e o primeiro-ministro da Geórgia, Irakli Kobakhidze, encontraram-se para discutir a “segurança no mar Negro” e o secretário-geral da NATO insistiu que “a guerra começada pela Rússia contra a Ucrânia” tem “consequências para a segurança alimentar em todo o mundo”.

"A situação no campo de batalha é extremamente difícil", disse Jens Stoltenberg, durante uma declaração conjunta com o primeiro-ministro da Geórgia, sem direito a perguntas dos jornalistas, no quartel-general da Aliança Atlântica, em Bruxelas.

O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) defendeu, contudo, que o apoio que continua a ser prestado pelos países da aliança político-militar à Ucrânia, que “nos últimos dias anunciaram pacotes de apoio no valor de milhares de milhões de dólares, incluindo armamento e equipamento militar”.

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